tag:blogger.com,1999:blog-9493184269035890752024-03-14T05:45:25.124-03:00Humberto ButtiEste blog foi criado com o intuito de perpetuar minhas lembranças de um tempo que não volta mais.
Humberto Butti é jornalista, palmeirense e apaixonado pela filha Mariane.Humberto Buttihttp://www.blogger.com/profile/03599073035715951568noreply@blogger.comBlogger191125tag:blogger.com,1999:blog-949318426903589075.post-29478749214597982452019-12-23T09:51:00.003-03:002019-12-23T09:51:53.476-03:00A quarta série ginasial<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Faz tempo que isso não ocorre, mas um tempo atrás eu
vivia sonhando que estava nas dependências da escola onde cursei o ginasial e
também o colegial. Sonhava que estava no IEEESO, isso mesmo, no IEEESO e não no
ESO de hoje.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Em meus sonhos a escola era sempre do jeito que a
frequentei, sem as mudanças feitas para atender os padrões atuais ou para
conter o ‘ânimo’ dos alunos de hoje. Naquele tempo, nos anos 70, tudo era mais
romântico, todos respeitavam a escola como ela devia ser respeitada, assim como
os professores e demais funcionários, fossem diretores ou simples faxineiros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A cada sonho lá estava o extenso saguão destinado ao
recreio com os banheiros, a sala de trabalhos manuais do professor José
Silveira na ponta, a sala do professor Barretto de frente para a quadra de
cima, o gramado, o portão de acesso ao campo de futebol, à quadra de baixo e à
pista de atletismo. Era ali que meninos e meninas se encontravam, pois naquele
tempo as classes eram separadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">De todos os sete anos que frequentei aquele lugar mágico
o melhor deles foi quando cursei a quarta série ginasial. Talvez por estar
naquela idade de transição, em que achamos que já sabemos tudo sobre o mundo ao
nosso redor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Lembro bem que eram duas salas abrigando alunos da quarta
série, ambas no pequeno corredor que dava entrada para a biblioteca. A nossa
sala era a da direita de quem entrava no corredor, com as janelas para a rua ao
lado da escola.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">As aulas eram no período da tarde e as de Educação Física
às seis da madrugada. Quando era inverno o frio era de ‘rachar mamona’ como era
costume dizer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Eu sentava na primeira carteira na fileira perto da
porta. Atrás de mim vinham Rudyard Trani, Plininho Cremasco, Kilão Galdi,
Alexandre Caio e, mais atrás o Sérgio Venturini.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Lembro de muita gente daquela sala, alguns que já até
partiram para o andar de cima, como o Gildo Piardi, o Paulo de Tarso
Nascimento, o Paulo Marin e o Antonio Carlos Amâncio, que no início do ano
tinha uma voz fina, mas que quando voltou da férias assustou todo mundo quando
abriu a boca e sua voz tinha um tom grave. Era a chamada mudança da
adolescência, quando a voz muda, assim como muitas outras coisas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Eu era um bom aluno, sempre tirava boas notas, mas a sala
tinha outros ‘bambas’ como o José Roberto Pretel Pereira Job, o Luís Paulo
Souza Ferreira, o Maurinho Xavier, o Sávio Pegorari, o Juca Serra, o Dindão
Serra, o Paulo Eduardo Sartori e o Chico Antonio Azevedo. E tinha os que eram
respeitados pelos demais por serem mais velhos, como o Cláudio Nascimento, o
Miltinho Piardi, o Ipê Ferreira Alves, o Carlão Nogueira, entre outros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Guardo boas recordações daquela época e bons ensinamentos
também. Tínhamos professores de ponta como Clibas Ribeiro Paiva, Sirtes
Valdissera, Marlene Barizon, Ninfa Bosso, entre outros, e só não aprendia quem
não queria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Foi um tempo muito bom da adolescência. De aprendizado,
mas de diversão também.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Sempre que posso fecho os olhos e volto no tempo. Me vejo
sentado na primeira carteira da primeira fileira e visualizo até mesmo cada um
dos demais nos lugares em que se sentavam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas, como tudo na vida, aquele tempo acabou no final do
ano. Quando conclui a quarta série meu pai decidiu que eu iria estudar no
período noturno e tudo mudou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O tempo pode passar, mas não apaga as boas lembranças
como o apagador, implacável, tira do quadro negro a matéria antes que possamos
copiá-la. E as boas amizades que aquele tempo mágico proporcionou também
permanecem intactas, sem que o tempo possa diluir.<o:p></o:p></span></div>
<br /><div class="blogger-post-footer"><script type='text/javascript' src='http://www.espn.com.br/js/fe/widget.js'></script><script type='text/javascript'> widgetUltimasNoticas(4,'ultimas'); </script></div>Humberto Buttihttp://www.blogger.com/profile/03599073035715951568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-949318426903589075.post-70375648456283124702019-12-20T17:46:00.000-03:002019-12-20T17:46:05.350-03:00Uma festa popular chamada Carnaval<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Como
tudo está mudado. Nem parece que o ano está começando e o Carnaval se
aproximando.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt;">Como
tudo agora é bem diferente de um tempo, há pelo menos 25 ou 30 anos, quando
essa era a época em que a cidade começava a ferver na espera pelo Carnaval. O
corre-corre em busca de fantasias para os bailes de salão ou para os desfiles
das escolas de samba era intenso, assim como os clubes iniciavam nessa época,
passado o Réveillon, os preparativos para as quatro noites de folia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt;">Lembro
bem dos anos dourados do carnaval itapirense. Os dois clubes instalados na
praça principal – Clube XV e Centro Comércio e Indústria – dominavam, mas a
Sociedade Operária também tinha frequência garantida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt;">Era
comum a formação de blocos carnavalescos para os bailes nos clubes e os bares
nos arredores ficavam abarrotados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt;">Na
última noite, já com o sol nascendo na quarta-feira de Cinzas, as orquestras do
Centrão e do Clube XV se encontravam na praça. Era a última oportunidade para
os foliões se despedirem do Carnaval.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt;">Anos
mais tarde o Tênis Clube começou a realizar bailes carnavalescos, atraindo para
si os freqüentadores do Clube XV. Posteriormente foi a vez do Clube de Campo
Santa Fé dominar, esvaziando o Tênis e também o Centrão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt;">Hoje
tudo isso acabou. Não há mais carnaval de salão no Clube XV ou no Centrão e
muito menos no Tênis Clube ou no Santa Fé.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt;">Esse
tipo de festa perdeu o apelo, principalmente devido ao gosto musical da
atualidade, que não permite mais que as tradicionais marchinhas de Carnaval sejam
executadas pelas orquestras nos bailes carnavalescos. Se não for funk, axé ou
coisa parecida, ninguém dança.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt;">Só
quem viveu tudo isso sabe o quanto foi bom. Só quem deixou um baile de Carnaval
para ver o sol nascer no parque, ou para tomar uma sopa de cebola no Chopão
sabe o quanto tudo isso significou para várias gerações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt;">Gerações
que podem ser consideradas privilegiadas, pois viveram as melhores décadas,
ouviram as melhores músicas, dançaram ao som de grandes orquestras e ouviram
programas radiofônicos da melhor qualidade. Só restou a saudade de tudo que já
passou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt;">Tudo
isso ficou no passado, embora bem guardado no baú de memórias de quem vivenciou
esses bons momentos. Momentos que jamais serão esquecidos.</span></div>
<div class="blogger-post-footer"><script type='text/javascript' src='http://www.espn.com.br/js/fe/widget.js'></script><script type='text/javascript'> widgetUltimasNoticas(4,'ultimas'); </script></div>Humberto Buttihttp://www.blogger.com/profile/03599073035715951568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-949318426903589075.post-68848658505798111832019-12-20T17:42:00.000-03:002019-12-20T17:42:52.201-03:00Uma certa Academia<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Em 1972 o Palmeiras formou uma verdadeira academia que
faria sucesso e conquistaria títulos estaduais e nacionais. Era o tempo em que
qualquer torcedor, fosse palmeirense ou não, sabia de cor e salteado a
escalação principal.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Dois anos depois, mais precisamente no dia 07 de dezembro
de 1974, um sábado, o Palmeiras veio até Campinas para enfrentar o Guarani. Um
jogo que valeu pelo segundo turno do Campeonato Paulista, que terminou com a
conquista do título pelo Palmeiras após a vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians
naquele épico jogo no Morumbi, que determinou a saída de Rivelino do clube de
Parque São Jorge.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Como o jogo era em Campinas, combinei com o Bi Sartorato,
que naquela época trabalhava no Palácio dos Esportes, de propriedade dos irmãos
Hugo e Henrique Stort, e fomos para o jogo, levando conosco o Rogério Monezzi,
hoje médico endocrinologista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O jogo reuniu mais de 22 mil pessoas no Brinco de Ouro,
que naquela época ainda não tinha o anel superior. Chegamos cedo ao estádio
campineiro e procuramos pelo local onde estava a torcida palmeirense.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Lembro que ficamos atrás do gol a direita das cadeiras
cativas, debaixo de um sol daqueles, para ver um 0 a 0 sem muitas emoções. O
Palmeiras pouco atacou e criou poucas chances para marcar, o mesmo acontecendo
com o time bugrino.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas, o que mais contou naquela tarde foi que pela
primeira vez eu estava em um estádio de futebol por conta própria, sem a
companhia do meu pai ou de algum responsável. A sensação foi de que era já não
era mais um menino, tinha crescido e podia andar com as próprias pernas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Voltei muitas vezes aos campos de futebol, vi muitos
jogos do Palmeiras em diversas situações. Mas aquela, por ter sido a primeira
foi especial.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mais tarde, já atuando como repórter de campo ou comentarista
esportivo, aprendi que podia torcer pelo meu time apenas por dentro, sem
demonstrar minhas emoções no microfone. Vibrava ou sofria no meu íntimo, mas no
microfone mantinha a neutralidade e o profissionalismo.</span></div>
<div class="blogger-post-footer"><script type='text/javascript' src='http://www.espn.com.br/js/fe/widget.js'></script><script type='text/javascript'> widgetUltimasNoticas(4,'ultimas'); </script></div>Humberto Buttihttp://www.blogger.com/profile/03599073035715951568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-949318426903589075.post-43594782436163912672019-12-20T17:39:00.003-03:002019-12-20T17:40:53.245-03:00Um solo de guitarra<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 18pt;">Minha mãe costumava afirmar que um perfume e uma musica a
gente nunca esquece. O tempo pode passar e as lembranças irão permanecer para
sempre e cada vez</span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 18pt;"> </span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 18pt;">que ouvirmos aquela
música ou sentirmos aquele perfume irão aflorar em nossa mente.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E não é que a ‘véia’ tinha razão. Toda vez que ouço uma
música ou sinto um perfume vem à tona o momento em que ouvi ou senti pela
primeira vez.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas, deixando o perfume de lado, acredito que sou um
privilegiado, pois nasci e cresci em um tempo recheado de músicas que ficarão
para sempre. Um tempo em que o bom e velho rock’n’roll dava o tom.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Costumo afirmar que as músicas de hoje, pobres em todos
os sentidos, desde a melodia até a letra, passando pelo sentimento e a voz de
quem interpreta, deixam a desejar. Gosto não se discute, ninguém tem culpa de
ter nascido em um tempo tão pobre de boas músicas, mas bem que esse povo
poderia ouvir o que já se fez lá atrás para ganhar um pouco de inspiração.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Como é bom poder ouvir o solo de guitarra de Walter
Becker da banda norte americana Steely Dan em Do it Again, lançada em 1972 e
que alcançou a posição de número seis nas paradas americanas no ano seguinte,
segundo a revista Billboard. Ou a obra prima da banda sul africana The Square
Set, que em 1969 lançou Thats What I Want.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Cito essas duas como poderia citar tantas outras canções
inesquecíveis, como I Shot The Sheriff, lançada em 74 pelo britânico Eric
Clapton; ou Bad Love, do mesmo Eric Clapton, e o que falar de Walk Alway, da
banda americana James Gang, lá do início dos anos 70, que tinha Joe Walsh na
guitarra. São canções inesquecíveis e que nunca irão morrer para quem viveu
esse tempo mágico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Hoje, quando vou a um show de rock, sei que quem está no
palco só está ali porque tem competência, pois se errar uma nota, quem gosta e
conhece rock vai notar na mesma hora. Respeito o gosto de cada um, até mesmo de
quem prefere o que se produz hoje e daqui dois ou três meses já desapareceu,
mas não abro mão do meu bom gosto e da satisfação de ouvir o bom e velho
rock’n’roll.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Esse gosto musical devo a dois grandes amigos da
adolescência, pois foi com eles que aprendi a gostar desse tipo de música. E
cada vez que ouço uma dessas obras primas imediatamente volto no tempo e lembro
de Plininho Cresmasco e Rudyard Trani, dois grandes amigos, dois profundos
conhecedores da boa música.</span></div>
<div class="blogger-post-footer"><script type='text/javascript' src='http://www.espn.com.br/js/fe/widget.js'></script><script type='text/javascript'> widgetUltimasNoticas(4,'ultimas'); </script></div>Humberto Buttihttp://www.blogger.com/profile/03599073035715951568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-949318426903589075.post-43403465625368596562019-12-20T17:32:00.002-03:002019-12-20T17:33:04.810-03:00Um padre muito além do seu tempo<span style="background-color: black; color: yellow; font-family: arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Nasci no seio de uma família
católica. Meus avós eram parte integrante da Matriz de Santo Antônio, sempre
presentes e sempre auxiliando no que fosse necessário.</span><br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18pt;">Minha avó Leonor era a
responsável pelos pastéis nas quermesses e meu avô João Butti fazia parte do
grupo que prestava serviços à paróquia comandada pelo padre Matheus Ruiz
Domingues. Essa devoção não era em vão, além de serem religiosos, tinham um
filho no seminário, se preparando para assumir seu lugar como padre.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18pt;">Desde pequeno acompanhei todo
esse processo. Meu tio José Rubens estava no seminário e vinha a cada folga
para casa. Estudou em São Paulo, Campinas e algum tempo passou também em
Aparecida, mas sempre que podia vinha para Itapira.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18pt;">Era um tempo feliz, a família se
reunia a cada data especial como Natal, Ano Novo e Páscoa. A mesa comprida no
rancho da casa de meus avós sempre ficava cheia e muitas vezes seus colegas
seminaristas também marcavam presença, entre eles Jacintho Domeni Martins e
José Veríssimo Sibinelli.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18pt;">Quando estava em Itapira meu tio
cumpria seus deveres na igreja, mas também tinha sua vida normal como jovem que
era. E, como bom corintiano, logo pela manhã descia a rua Hortêncio Pereira da
Silva até o Bar Santo Antônio, de propriedade do Carlos Zacchi, para ler as
notícias na Gazeta Esportiva.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18pt;">Certa vez, em uma dessas manhãs,
segundo relado do Guilherme Martelli, meu tio estava em uma das mesas lendo o
jornal quando apareceu um senhor, de uma outra religião, como uma bíblia na
mão. Ao se dirigir ao balcão, abriu a bíblia e começou a ‘pregar’.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18pt;">O Ico Martelli, pai do Gui, que
trabalhava no bar e estava no balcão, interrompeu o discurso e mostrou meu tio,
sentado e absorto na leitura. “Fale com aquele moço ali”, disse. E,
imediatamente, o homem com a bíblia se dirigiu à mesa onde meu tio estava e
começou a falação.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18pt;">Calmamente, meu tio pediu a ele
que abrisse a bíblia em uma determinada página e, ao ser atendido, começou a
falar para o homem tudo que ali estava escrito. Sem ação, restou ao homem
enfiar a viola no saco ou a bíblia embaixo do braço e dar no pé.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18pt;">Meu tio José Rubens tornou-se
diácono no dia 14 de junho de 1970. Guardo essa data porque foi no dia em que a
seleção brasileira derrotou o Peru por 4 a 2 na Copa de 70 e garantiu vaga nas
semifinais para enfrentar o Uruguai.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18pt;">Depois disso ainda passou um
período no seminário até tornar-se padre em maio de 72. Indicado para assumir a
paróquia de Santa Cândida, em Araras, foi para lá e lá faleceu em novembro do
mesmo ano, aos 29 anos.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18pt;">Padre José Rubens Butti, ou
simplesmente meu tio Zé Rubens, foi um padre muito além do seu tempo. Com
idéias inovadoras, sempre buscou dar às missas e atividades religiosas um
conceito mais leve e moderno.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18pt;">Com seu jeito amigo, conquistou a
confiança de todos os que frequentavam suas celebrações, mesmo os mais
radicais. Fez amigos por onde passou e mesmo tanto tempo depois de subir para o
andar superior ainda é lembrado por seu carisma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: black; color: yellow;"><br /></span></div>
<br /><div class="blogger-post-footer"><script type='text/javascript' src='http://www.espn.com.br/js/fe/widget.js'></script><script type='text/javascript'> widgetUltimasNoticas(4,'ultimas'); </script></div>Humberto Buttihttp://www.blogger.com/profile/03599073035715951568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-949318426903589075.post-51215689118235213882019-12-20T17:31:00.003-03:002019-12-20T17:31:41.520-03:00Um homem além do seu tempo<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Em um tempo de parcos recursos técnicos e nenhum
tecnológico, fazer jornal e rádio era mais que uma profissão. Era, antes de
tudo, uma arte e, além disso, tinha que estar no sangue da pessoa.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Diversas pessoas deram sua contribuição para que
periódicos sobrevivessem na segunda metade do século passado. Pessoas que
muitas vezes não apareciam na mídia, mas que tinham uma importância igual ou
maior do que aqueles que estavam sempre em evidência na sociedade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Em meus tempos de infância, quando a veia jornalística
ainda não havia aflorado, eu gostava de ler os jornais da época com Cidade de
Itapira e Folha de Itapira. Lia avidamente as notícias sem saber que por trás
daquelas páginas muitas vezes carregadas de tinta da impressora havia um sem
número de pessoas que davam vida aos jornais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Pessoas como Benedito Leite, Luiz Ziliotto, Arlindo
Bellini, José Peres, José Francisco Lanzoni, João Torrecillas Filho e Amaury
Martins, entre tantos que me fogem à memória, mas que também foram de grande
importância no contexto jornalístico local.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Lembro pouco dele, mas sempre soube que nesse meio
chamado de comunicação, uma figura se sobressaiu pela destreza com que manejava
o componidor ou componedor como se falava naqueles tempos, tipos, clichês e
outros apetrechos para dar vida às páginas do extinto Folha de Itapira. O
jornal, fundado em 08 de maio de 1952, teve nele, além de um eclético
funcionário, um diretor quando o mesmo passou das mãos de Luiz Ziliotto para o
mogimiriano Arthur Azevedo, que era o proprietário do A Comarca.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Quem conheceu Amaury Martins sabe o quanto ele foi
importante para a comunidade itapirense. Além de atuar na gráfica que produzia
o Folha de Itapira, enveredou também pelas ondas da Rádio Clube, atuando como
repórter esportivo ao lado de grandes nomes da época de ouro do rádio
itapirense. De seu amor pela tipografia e tudo que girava em torno dela, ao
lado do companheiro de trabalho no jornal, José Peres, fundou a Gráfica
Itapirense, que por muitos anos funcionou na José Bonifácio e posteriormente na
Francisco Glicério.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Foi assim que Amaury Martins fez sua vida e formou sua
família ao lado da esposa Maria do Carmo Lauri, com quem teve as filhas
Valéria, Patrícia, Cláudia e Cintia. Foi de sua magia com a arte de escrever,
compor e dar vida às palavras que saiu o sustento da família.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">No futebol, outra de suas paixões, Amaury Martins passou
por clubes amadores da cidade, envergando as camisas de vários times, entre
eles a Sociedade Esportiva Itapirense. Era um tempo de glórias e craques como
Peretta, Lero, Cristovinho, Carlucha e tantos outros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Amaury foi embora desse mundo ainda novo, aos 57 anos, em
03 de setembro de 93, mas deixou um legado de bons serviços prestados à cidade
e sua gente. Pessoas como Amaury Martins partem desse mundo, mas deixam suas
marcas indeléveis no coração daqueles que as conheceram e nunca se esqueceram.<o:p></o:p></span></div>
<br /><div class="blogger-post-footer"><script type='text/javascript' src='http://www.espn.com.br/js/fe/widget.js'></script><script type='text/javascript'> widgetUltimasNoticas(4,'ultimas'); </script></div>Humberto Buttihttp://www.blogger.com/profile/03599073035715951568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-949318426903589075.post-41990338414832755992019-12-20T17:29:00.001-03:002019-12-20T17:30:44.423-03:00Um grande homem, um grande prefeito<span style="background-color: black; color: yellow; font-family: arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Quando se é criança as atitudes
dos adultos ficam gravadas para sempre em nossa memória. Se são atitudes de
pessoas dignas, essas marcas permanecem por todo o sempre, transformando o
responsável em um ícone a ser lembrado pelo resto da vida.</span><br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18pt;">Conheci Hélio Pegorari nos meus
tenros tempos de criança. Por estudar com o Sávio, o segundo de seus quatro
filhos, estava sempre em contato com aquela família que morava nas imediações
do Parque Juca Mulato, primeiro na José Pereira e depois na Rui Barbosa,
curiosamente ao lado da residência de seu antecessor na Prefeitura, Benedito
Alves de Lima.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18pt;">Vez ou outra era na casa dos
Pegorari que a gente estudava ou fazia a lição de casa passada pelas
professoras do curso primário. E, sempre que via aquele senhor de semblante
calmo, que transmitia segurança, me sentia feliz por conhecer uma pessoa como
ele.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18pt;">Empreendedor, tocava ao lado dos
irmãos a fábrica de implementos agrícolas fundada pelo pai, Albano, no início
do século 20. E seu empreendedorismo acabou fazendo com que fosse escolhido, em
68, para ser candidato a prefeito da cidade.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18pt;">E foi, justamente nas eleições de
68 que vivi intensamente minha primeira eleição, apesar de ser um menino de 11
anos. A disputa pela cadeira de prefeito tinha nomes respeitáveis como Hélio
Pegorari, César Bianchi e Alcides de Oliveira, pela Arena, e Pedro Boretti,
pelo MDB, que era a oposição.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18pt;">Claro que eu não era eleitor
ainda, afinal tinha apenas 11 anos. Mas pela proximidade da casa de meus avós
paternos com a residência dos Bianchi, na João Pereira, meu candidato na
disputa passou a ser o César Bianchi.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18pt;">Acompanhei a apuração dos votos
através da Rádio Clube e marcando atentamente cada urna em uma folha de papel
de embrulho. Tudo muito bem feito, com a supervisão de minha mãe, que também
gostava de acompanhar a apuração.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18pt;">César Bianchi não ganhou. Ficou
em terceiro, atrás do Alcides de Oliveira, que foi o segundo.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18pt;">O eleito foi Hélio Pegorari, que
foi um grande prefeito, governando a cidade de 69 a 72 e deixando um legado de
importantes obras, a maioria debaixo da terra, por serem de infraestrutura,
vitais para toda a população.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18pt;">Hélio Pegorari foi embora desse
mundo em julho de 2009, mas deixou por aqui um legado de boas ações. Foi casado
com Mary Silva Pegorari, a professora Mey, outra pessoa de alma bondosa, e do
casamento vieram os filhos Hélio, Domingos Sávio, Odair e Guilherme.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18pt;">Hélio Pegorari não faz parte
apenas da galeria de prefeitos que Itapira já teve, mas daquela que é formada
por homens que deram sua contribuição para o progresso da cidade e o bem estar
de seu povo. Ele ocupa lugar de destaque na gama de pessoas que deixam marcas
de integridade e competência.</span></div>
<div class="blogger-post-footer"><script type='text/javascript' src='http://www.espn.com.br/js/fe/widget.js'></script><script type='text/javascript'> widgetUltimasNoticas(4,'ultimas'); </script></div>Humberto Buttihttp://www.blogger.com/profile/03599073035715951568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-949318426903589075.post-63425708257902606462019-12-20T17:27:00.000-03:002019-12-20T17:27:46.656-03:00Um certo dia 5 de julho<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Parece que foi ontem, mas já se passaram 36 anos.
Conhecido como a Tragédia do Sarriá, o dia 5 de julho de 1982 é sempre lembrado
pelos brasileiros, principalmente em ano de Copa.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Naquela época o apelo popular de uma Copa do Mundo era
muito maior, mais contagiante. Talvez porque não houvesse tanta exposição dos
jogadores na mídia e redes sociais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Era um tempo em que os jogadores usavam chuteiras pretas,
não tinham cabelos que mudavam o penteado a cada jogo e não exibiam tatuagens pelo
corpo inteiro. Resumindo, era o futebol em sua verdadeira essência, sem
frescura.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Naquela época eu trabalhava na agência de Águas de
Lindóia da Caixa Federal e lembro bem daquele dia 5 de julho. Um dia que nunca
mais esquecerei por tudo que aconteceu antes, durante e depois do jogo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Como não daria tempo de voltar para casa a tempo de ver o
jogo entre Brasil e Itália, que valeria uma vaga na semifinal do Mundial
disputado na Espanha, um aparelho de TV foi instalado na agência para que
pudéssemos assistir. Estava tudo combinado, era só comemorar mais uma vitória
brasileira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas o dia já começou conspirando contra e nada deu certo
naquele 5 de julho. Como o dia 2 é feriado na cidade e caiu na sexta-feira, o
movimento na agência triplicou na segunda-feira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Eu estava trabalhando como caixa e só consegui sentar a
frente da TV já no meio do segundo tempo, quando a Itália vencia por 2 a 1,
pouco antes de Falcão empatar em um chute de fora da área.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas, não deu tempo nem de comemorar e seis minutos depois
Paolo Rossi fez o seu terceiro gol e colocou a Itália outra vez na frente. Um
empate bastaria à seleção brasileira, mas o goleiro Dino Zoff acabou de vez com
o sonho ao defender uma cabeçada em cima da linha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mesmo tendo um time considerado mágico, com craques como
Falcão, Sócrates, Zico, Cerezzo, Éder, Leandro, Júnior e Oscar, o time
brasileiro amargou uma derrota por 3 a 2 e não foi adiante. A Itália seguiu em
frente e acabou ficando com o título naquele ano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas, apesar da tristeza pela derrota, a vida tinha que
seguir em frente. Quando já estávamos preparando o fechamento da agência
aconteceu um fato que serviu para nos dar alguns momentos de descontração.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O prédio que abrigava a agência estava em construção e os
andares superiores em fase de acabamento. Depois do jogo os funcionários da
obra já estavam no batente novamente, apesar da derrota, e deviam estar tão ou
mais chateados que nós, pois tinham que voltar ao trabalho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Um grupo de jovens que passava pelo local, talvez para
provocar as pessoas, começou a gritar Itália e aí veio o troco lá do céu, ou
melhor, de cima do prédio. Quando passavam pela calçada, um dos trabalhadores
da obra, enfurecido com a provocação, não pensou duas vezes e despejou a lata
de reboque na cabeça dos provocadores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Aquilo serviu para quebrar por uns instantes a tristeza
pela derrota, tal a forma inesperada como tudo ocorreu. Sempre que me lembrar
daquela amarga derrota, com certeza, aquela cena hilária irá voltar à memória. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br /><div class="blogger-post-footer"><script type='text/javascript' src='http://www.espn.com.br/js/fe/widget.js'></script><script type='text/javascript'> widgetUltimasNoticas(4,'ultimas'); </script></div>Humberto Buttihttp://www.blogger.com/profile/03599073035715951568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-949318426903589075.post-47117309068363620552019-12-20T17:26:00.000-03:002019-12-20T17:26:01.637-03:00Um apaixonado pelo futebol<br />
<div class="MsoNormal">
<strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">Quando nasceu na vizinha cidade
mineira de Jacutinga, em 8 de dezembro de 1951, o menino Aparecido Roberto
Vieira nem imaginava que cresceria, formaria família e fincaria suas raízes em
outra localidade, que embora próxima de sua cidade natal, pertencesse ao estado
de São Paulo. Quando nasceu, o menino Aparecido Roberto nem imaginava que, ao
se mudar para Itapira, passaria a ser conhecido como Mineiro por causa de suas
raízes.</span></strong></div>
<div class="MsoNormal">
<strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">Naquele dia de dezembro,
consagrado a Nossa Senhora da Imaculada Conceição, começaria a vida desse
menino que sempre teve uma grande paixão na vida: a bola de futebol. Desde
pequeno já dava seus chutes e sonhava em, um dia, ser jogador de futebol.<o:p></o:p></span></strong></div>
<div class="MsoNormal">
<strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">Torcedor do São Paulo, aquele
menino sabia, de cor e salteado, a escalação das grandes formações do seu
querido Tricolor. E, porque não, dos outros times também.<o:p></o:p></span></strong></div>
<div class="MsoNormal">
<strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">Sua carreira no futebol começou
como a de muitos garotos daquela época. Foi no Clube Atlético Itapirense,
comandado pelo Benedito Valério, o Jaú, que iniciou seus passos no esporte.<o:p></o:p></span></strong></div>
<div class="MsoNormal">
<strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">De lá para o time profissional do
XI de Agosto foi um pulo, assim como para as fileiras do Itapira Atlético
Clube, do Clube Atlético Guaçuano, do Barretos e dos mogimirianos Peixe e Clube
Atlético Mogiano, além de integrar o elenco campeão paulista da Terceira
Divisão pela Sociedade Esportiva Itapirense em 1969, aos 17 anos.<o:p></o:p></span></strong></div>
<div class="MsoNormal">
<strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">No futebol amador da cidade
Mineiro desfilou sua categoria, seus lançamentos e chutes certeiros e potentes
defendendo Calunga, Olaria, Duque de Caxias, Cubatão, Santa Fé e Flamenguinho,
entre outros. Mas foi no Itapira Atlético Clube que deixou sua marca para a
história com um gol antológico, que classificaria o time grená para a fase
seguinte do Campeonato Paulista.<o:p></o:p></span></strong></div>
<div class="MsoNormal">
<strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">Corria o ano de 1979, Mineiro era
o ponta-esquerda do time e, antes do jogo, prometera ao pequeno filho Fabrício,
seu primogênito, que faria um gol para ele. Jogo duro contra o Jabaquara no
Chico Vieira e Mineiro foi à linha de fundo para o cruzamento, mas acabou
decidindo pelo chute, mesmo sem ângulo. A bola, caprichosamente, bateu na linha
da pequena área, ganhou efeito e enganou o goleiro adversário. Estava paga a
promessa ao filho e garantida a classificação itapirense.<o:p></o:p></span></strong></div>
<div class="MsoNormal">
<strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">Esse tempo já vai longe. Hoje,
Mineiro já não dá seus chutes na velha paixão por esse mundo. No dia 20 maio de
2017 foi escalado para jogar no time lá de cima e deve estar fazendo seus gols
e lançamentos no andar superior.<o:p></o:p></span></strong></div>
<div class="MsoNormal">
<strong><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">Levou com ele sua simplicidade, o
amor pelo futebol e seu imenso conhecimento sobre esse esporte que move grande
parte dos brasileiros. Quem conversava com ele sabia que estava diante de um
apaixonado por futebol.</span></strong></div>
<div class="blogger-post-footer"><script type='text/javascript' src='http://www.espn.com.br/js/fe/widget.js'></script><script type='text/javascript'> widgetUltimasNoticas(4,'ultimas'); </script></div>Humberto Buttihttp://www.blogger.com/profile/03599073035715951568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-949318426903589075.post-61057410566452509552019-12-20T16:31:00.001-03:002019-12-20T16:32:35.359-03:00Última curva<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 18pt;">Há algum tempo já estou com o nariz virado para a reta
final. Como se diz em uma corrida, já contornei a última curva e apontei na
reta para concluir meu percurso.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Se olhar para trás sei que vou ver que já caminhei muito
mais do que tenho para caminhar nessa estrada chamada vida. Daqui para frente é
levar o carro até o final e aproveitar tudo que ainda tenho para viver.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Embora pareça um sentimento de conformismo, na realidade
é apenas uma constatação de que a vida, a cada dia que passa galopa cada vez
mais rápido. Se não tivermos fôlego para acompanhar acabamos ficando para trás.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas, o que o futuro nos oferece? Sempre ouvi dizer que
quando se dobra a última curva já não há muito que se esperar, a não ser o
momento de embarcar rumo a última viagem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ledo engano! A vida nos reserva, a cada etapa, um
turbilhão de emoções e momentos intensos, mas com a dose que nosso esqueleto já
cansado pode suportar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Basta não ficarmos sentados esperando a morte chegar.
Temos mais é que apertar o pedal da direita, olhar atentamente para a paisagem
da janela lateral e ver que há muito ainda para se viver, nem que seja por
breves instantes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Da vida nada se leva. Quem um dia disse isso não sabe o
que é viver ou aproveitar o que a vida tem de bom.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Daqui tudo se leva, menos os bens materiais. Daqui
levamos as emoções, os bons momentos, os sentimentos de amizade e tudo o que
podemos realizar ao lado de pessoas queridas e em prol da felicidade daqueles
que necessitam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O nariz pode estar apontado para a linha de chegada, o
corpo cansado pode estar a poucos metros de alcançar a bandeirada, mas no âmago
de nossa engrenagem tudo deve estar sempre em perfeito estado. O combustível da
vida pode estar quase na reserva, mas o óleo que engraxa nossos sentimentos
deve ser sempre renovado para que tudo funcione de forma plena.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Só assim todos os momentos serão vividos com intensidade
e nossa corrida será coroada de pleno êxito. Aí sim o carro poderá ir para o
box e ser recolhido para o descanso eterno.</span></div>
<div class="blogger-post-footer"><script type='text/javascript' src='http://www.espn.com.br/js/fe/widget.js'></script><script type='text/javascript'> widgetUltimasNoticas(4,'ultimas'); </script></div>Humberto Buttihttp://www.blogger.com/profile/03599073035715951568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-949318426903589075.post-53595960024462763772019-12-20T16:27:00.000-03:002019-12-20T16:29:03.659-03:00Três gerações, três emoções<span style="background-color: black; color: yellow; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 18pt;">No futebol, principalmente, costumamos dizer que certas formações nunca
são esquecidas. São aqueles times que marcam época e seja qual for o tempo são
sempre lembradas.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow;"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt;">Exemplos disso são a seleção de 70 com Félix; Carlos Alberto, Brito,
Piazza e Everaldo; Clodoaldo, Gerson e Rivelino; Jairzinho, Tostão e Pelé. Ou o
Palmeiras do início da década de 70 com Leão; Eurico, Luis Pereira, Alfredo e
Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Edu, Leivinha, César e Nei.</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 18.0pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow;"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt;">E o que dizer da linha famosa do Santos com Dorval, Mengálvio, Coutinho,
Pelé e Pepe; ou a seleção de 58, aquela da final contra a Suécia, com Gilmar;
Djalma Santos, Bellini, Orlando e Nilton Santos; Zito e Didi; Garrincha, Vavá,
Pelé e Zagallo. Grandes times, grandes formações, muitas lembranças.</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 18.0pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow;"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt;">Eu posso afirmar que vivi muitas emoções com formações que nunca mais
saíram da memória. Times que ficaram para sempre na lembrança por tudo que
representaram.</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 18.0pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow;"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt;">São três épocas diferentes, três gerações, muitas emoções. E as
formações nunca mais serão esquecidas, pelo menos por mim, que vivi tudo isso.</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 18.0pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow;"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt;">Em 70, quando eu tinha 13 anos, a seleção do ginásio fez história ao
chegar às finais do Estado. O técnico era o Clóvis Avancini, o Ná, e o time
principal tinha Coradi; Rudyard, Dito Mário, Tato e Sávio; Luís Paulo, Ike e
Tonini; Tonelada, Plininho e Emilinho.</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 18.0pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow;"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt;">Passados 15 anos e um novo time fez história novamente, deixando na
memória dos torcedores a escalação que todos sabiam de cor e salteado. Em 85 o
Itapira Atlético Clube cravou uma das melhores campanhas do Campeonato Paulista
da Terceira Divisão comandado pelo técnico Pedro Paulo da Silva, o Nã.</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 18.0pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow;"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt;">Mesclando atletas da cidade com alguns importados de cidades vizinhas,
tinha um time de respeito, formado por Camilo; Chicão, Toninho Bellini,
Gersinho e Ditinho; Cláudio José, Pedro Paulo e Fernando; Ronaldo, Lilico e
Chiquinho. Outros nomes também fizeram parte da campanha e também deixaram seus
nomes gravados na história como Fernandinho, Dinhão, Tatão, Flávio Boretti,
Fran e Alemão.</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 18.0pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow;"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt;">No ano seguinte, um novo time fez sua parte e cravou sua formação na
memória do torcedor. Era o time júnior do Itapira Atlético Clube, que ficou
entre os melhores do estado.</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 18.0pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow;"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt;">O técnico era o José Antonio Sartorato, o Bi, escudado pelo auxiliar
Devaldo Cescon, o Pasté. A formação principal é guardada até hoje na memória de
quem acompanhou sua participação no campeonato e tinha Flávio; Arouca, Márcio,
João Olo e Zé Antonio; Pedrinho Zázera, Diógenes e Claudinho; Tiãozinho, Márcio
Belli e Chocolate.</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 18.0pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow;"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18.0pt;">São times distintos, épocas distintas, mas cada um a seu tempo deixou
sua formação intacta na memória do torcedor. Eu vivi o time de 70 porque jogava
no time de baixo; o de 85 cobri todos os jogos como repórter, o mesmo
acontecendo com o Júnior de 86.</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 18.0pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background-color: black; color: yellow; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 18pt;">Memórias assim valem a pena guardar. Um dia todos irão se lembrar e a
recordação daqueles tempos será inevitável, assim como momentos únicos vividos
por todos que participaram.</span></div>
<div class="blogger-post-footer"><script type='text/javascript' src='http://www.espn.com.br/js/fe/widget.js'></script><script type='text/javascript'> widgetUltimasNoticas(4,'ultimas'); </script></div>Humberto Buttihttp://www.blogger.com/profile/03599073035715951568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-949318426903589075.post-55671158872712109592019-12-20T16:25:00.000-03:002019-12-20T16:25:04.794-03:00Tipo exportação<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Itapira sempre foi pródiga em produzir talentos, seja no
esporte ou nas artes. Se no futebol teve em Bellini o seu expoente, na música
tem uma gama de artistas que deram sua contribuição para o cenário nacional.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">No futebol o povo itapirense se orgulha de um certo
capitão Bellini, que em 58 ergueu a taça Jules Rimet e tornou-se o primeiro
brasileiro a ter essa primazia. Bellini até hoje é venerado no Brasil e no
mundo por seu caráter, seu carisma e seus feitos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Depois dele outras estrelas brilharam no cenário
esportivo, com menos intensidade que o grande capitão, mas com mérito e
talento. Entre essas estrelas estão Cristovinho, que foi destaque no final dos
anos 60 com a camisa do Formiga no Campeonato Mineiro, fazendo gol diante do poderoso
Cruzeiro em pleno Mineirão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Também deixaram suas marcas o veloz ponta-direita Silvio
Garlizoni, para nós simplesmente Dé, vice-campeão brasileiro pelo Palmeiras em
78, e Pedro Paulo, que nasceu Paulo Pedro, e teve seu destaque com a camisa da
Ponte Preta no início dos anos 70, fazendo gol contra o Santos de um certo
Pelé.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Fora do futebol, mas ainda dentro do âmbito esportivo,
nomes como Valdir Barbanti, Paulo Roberto de Oliveira, Renato Bortolocci
Ferreira e Antonio Rizola Neto ganham destaque, cada um em sua especialidade.
Barbanti como doutor do esporte, Paulinho Teté também com grande trabalho em
benefício do atletismo nacional, Bortolocci por alcançar feitos no atletismo e
Rizola Neto por sua atuação no voleibol, por anos servindo a CBV (Confederação
Brasileira de Vôlei) e a seleção colombiana, além de inúmeros clubes nacionais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Na área da música o que falar de um Henrique Felipe da
Costa, o Henricão, cantor e compositor de Está Chegando a Hora, entre outras
grandes composições e que também teve passagem pelo cinema nas décadas de 40 e
50. Ou o maestro Cipó, nascido Orlando Silva de Oliveira Costa, compositor,
saxofonista-tenor e integrante de grandes orquestras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Maria Odette Bianchi é outra itapirense de destaque no
cenário da música nacional. Desde pequena mostrou talento e participou de
festivais da canção nos anos 60, no auge dos programas televisivos do gênero,
vencedora inclusive do prêmio Roquete Pinto no início daquela década.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas, um outro nome itapirense, com destaque no cenário
musical, é José Eduardo Gramani. Violinista, rabequista, compositor, professor
e pesquisador musical, participou de grupos de câmara, dirigiu peças musicais e
em muito contribuiu para o universo da música.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">São itapirenses, alguns que muita gente nem sabe que um
dia se orgulhou de ser itapirense, que fez questão de era natural de uma cidade
do interior paulista chamada Itapira.<o:p></o:p></span></div>
<br /><div class="blogger-post-footer"><script type='text/javascript' src='http://www.espn.com.br/js/fe/widget.js'></script><script type='text/javascript'> widgetUltimasNoticas(4,'ultimas'); </script></div>Humberto Buttihttp://www.blogger.com/profile/03599073035715951568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-949318426903589075.post-25723630290566301662019-12-20T16:22:00.002-03:002019-12-20T16:22:30.644-03:00Somos quem podemos ser<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Eu sou assim e sempre vou ser. Somos quem podemos ser e
ninguém é mais do que ninguém.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Sempre penso nisso. Será que eu seria diferente se
tivesse escolhido outro caminho, se tivesse optado por continuar como um
bancário, ou fiz o certo ao escolher dar asas à minha imaginação e seguir a
vida que escolhi entre letras e microfones?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Tenho ciência que hoje eu seria um senhor aposentado, com
um bom salário sendo depositado na minha conta, podendo aproveitar a vida, mas
será que eu seria feliz? Será que estaria satisfeito?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Com certeza, não! Somos quem podemos ser, como diz a
letra de uma música da banda Engenheiros do Hawaii, que tem exatamente esse
nome. E é assim mesmo, ninguém escolhe o caminho, o caminho nos escolhe.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Tenho ciência que hoje minha vida seria muito mais
tranquila. Mas será que seria eu uma pessoa feliz?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Certo dia, passando em frente a casa de uma ex-namorada,
de família que conseguiu ficar bem de vida graças ao trabalho, comentei com
minha irmã Claudia que eu poderia ter ficado bem de vida se tivesse casado com
ela, mas que não teria o meu maior tesouro, minha pequena Mariane, que estava
no banco de trás do carro. Por isso acredito que o destino de cada um é
construído de acordo com o que ele próprio escolhe para nosso rumo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ser feliz não significa ter uma vida tranquila se não formos
felizes enquanto vivemos. Ser feliz é ser quem podemos ser, da forma que o
destino escreveu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A felicidade está na forma que vivemos, ou que o destino
nos deu. Ser feliz é ser assim, do jeito que somos, cada um a sua maneira, cada
um com aquilo que o destino lhe reservou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">‘Um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão, um
dia me disseram que os ventos às vezes erram a direção’. Sábias palavras, que
sem querer casam com tudo aquilo que o destino nos reserva.<o:p></o:p></span></div>
<br /><div class="blogger-post-footer"><script type='text/javascript' src='http://www.espn.com.br/js/fe/widget.js'></script><script type='text/javascript'> widgetUltimasNoticas(4,'ultimas'); </script></div>Humberto Buttihttp://www.blogger.com/profile/03599073035715951568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-949318426903589075.post-47385429676632393492019-12-20T16:20:00.001-03:002019-12-20T16:20:39.113-03:00Sou de um tempo...<br />
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Quando eu ainda era um menino, pra não deixar de citar,
um menino magricela de orelhas grandes, ouvia os mais velhos dizerem que ‘isso
é do tempo que amarrava cachorro com linguiça’, quando se referiam a alguma
coisa antiga. Cresci ouvindo isso e nunca vi nenhum cachorro amarrado com
linguiça.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Naquele tempo tudo era mais puro, mas sem compromisso,
sem a correria dos dias de hoje. Eu sou daquele tempo e sou feliz por isso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Lembro que as pessoas usavam frases e jargões que hoje
estão em desuso. Dona Carmela, minha avó materna por exemplo, como boa
italiana, costumava soltar um ‘Dio Cristo Benedetto” para expressar seu espanto
ou sua fúria contra alguma coisa errada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Já minha mãe, quando estava sem dinheiro para alguma
emergência, sempre dizia ‘estou mais lisa que bunda de santo’. Era assim que a
gente ficava sabendo que não daria para comprar o sorvete do sorveteiro que
apertava sua buzina insistentemente na rua.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Meu pai, calejado com diversas situações, sempre falava
que ‘parente é dinheiro no bolso’. Sei lá se era pra dizer que parente só dava
gasto ou outra coisa que nunca descobri.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E as frases de efeito como ‘melhor ouvir isso que ser
surdo’ ou ‘vai catar coquinho’, ou ainda ‘ vai ver se estou na esquina’. Uma
mais esquisita que a outra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Hoje não ouço mais essas frases de efeito. Hoje, quando
alguém quer afirmar que o outro não bate bem da cabeça, diz ‘é mais louco que o
Batman’. Mas, nunca ouvi dizer que o Batman era louco.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O tempo passou, hoje o mais velho sou eu, as frases
mudaram e tudo ficou diferente. Não se usa mais a famosa frase 'amarrar cachorro
com linguiça’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Os tempos mudaram, os hábitos mudaram, os seres humanos
mudaram. Só não sei se alguém amarrou o cachorro com linguiça, foi ver se eu
estava na esquina catando coquinho e ficou mais liso que bunda de santo.<o:p></o:p></span></div>
<br /><br />
<div class="blogger-post-footer"><script type='text/javascript' src='http://www.espn.com.br/js/fe/widget.js'></script><script type='text/javascript'> widgetUltimasNoticas(4,'ultimas'); </script></div>Humberto Buttihttp://www.blogger.com/profile/03599073035715951568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-949318426903589075.post-24260687003239702102019-12-20T16:15:00.000-03:002019-12-20T16:15:18.506-03:00Será esse o meu mundo?<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Esse mundo globalizado me assusta cada vez mais. Através
dele e seus mecanismos, seres humanos se transformam, se acham no direito de
julgar esse ou aquele, mesmo sem conhecer ao menos um pouco do seu semelhante.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">As redes sociais são prova viva disso tudo. Se por um
lado nos dão a oportunidade de comunicação com amigos e parentes, mesmo
distantes milhares de quilômetros, por outro nos colocam a mercê de pessoas que
nem conhecemos ou ao menos sabemos quem são ou como pensam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Cada vez mais me sinto como se meu mundo tivesse acabado
e que estou aqui sem saber ao certo o motivo. É o mesmo que dormir em nossa
cama e acordar em um lugar desconhecido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Cresci recebendo informações e ensinamentos do
comportamento correto para com as pessoas, principalmente para com os mais
velhos. Sempre mantive esses ensinamentos como regra de vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas, pelo que vejo, a cada momento o mundo se transforma
na velocidade da tecnologia e os seres humanos são levados na esteira, sem
tempo de conhecer os bons e velhos costumes de convivência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">No meu tempo de criança as pessoas se conheciam e se
respeitavam, davam valor ao convívio e as boas maneiras eram uma constante.
Havia gentileza, respeito e era muito mais gostoso de se viver.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Hoje, como ouvi dia desses, está cada vez mais difícil
viver. As pessoas não carregam dentro de si os valores principais para que haja
espaço onde seja possível praticar os direitos de ir e vir.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Vejo pessoas invadindo a privacidade de outras, sem que
ao menos conheça, para criticar, apedrejar e despejar sua ira contra quem quer
que seja. E as redes sociais são os mecanismos mais utilizados para tal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Será que esse mundo tem jeito? Será que esse é realmente
o mundo onde nasci, cresci e vivi?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Tudo isso me faz pensar seriamente em me distanciar das
redes sociais, de me desligar totalmente de tanta incoerência ou maldade. Só
não fiz isso ainda porque tenho ideia do quanto meu acervo de fotos mantido
através da rede social é procurado por um número muito grande de alunos quando
engajados em pesquisas escolares.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Somente esse fato e a chance de poder me comunicar com
quem está distante me fazem manter tudo isso. Mas vai chegar o dia em que nada
disso irá servir para coisa alguma e aí será a hora de voltar para o meu mundo
real, aquele onde nasci, cresci e vivi.<o:p></o:p></span></div>
<br /><div class="blogger-post-footer"><script type='text/javascript' src='http://www.espn.com.br/js/fe/widget.js'></script><script type='text/javascript'> widgetUltimasNoticas(4,'ultimas'); </script></div>Humberto Buttihttp://www.blogger.com/profile/03599073035715951568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-949318426903589075.post-47494773241909164542019-12-20T16:12:00.000-03:002019-12-20T16:12:41.929-03:00Ser pai nos faz ser gente<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Crescemos e vivemos de uma forma que não compreendemos a
verdadeira dimensão da palavra gente. Acredito que só se aprende a ser gente
quando viramos pai ou mãe.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Fui pai aos 51 anos e não me arrependo disso. Foi só aí
que aprendi o verdadeiro significado da palavra gente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ao ser pai aprendi que é ali que começa nossa verdadeira
existência. Não há como negar que viver sem ter um filho (no meu caso, filha),
plantar uma árvore e escrever um livro não é viver, é sobreviver.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Um certo dia, não muito longe, sentei a frente de um
velho amigo, daqueles de infância, que teve a mesma educação que eu tive e que
lembra de tudo que lembro como se fosse hoje. Ali falamos sobre tudo que
tivemos na infância e tudo que pudemos passar para nossos filhos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Sérgio Venturini, amigo de infância, centroavante do
Paulistinha, companheiro de escola e de tantas aventuras, concordou comigo que
só somos gente de verdade quando nos vemos como pai. Chegamos a essa conclusão
depois de refletir sobre tudo que tivemos na infância e que podemos passar para
nossos filhos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ali, sentado na sua frente em seu escritório, bem em
frente a casa onde nasci e também a casa onde ele nasceu, que pudemos constatar
que a vida passa, os filhos crescem e é por eles que vivemos e lutamos. Que bom
que ainda encontro amigos de infância que corroboram com meu pensamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Já passamos da casa dos 60, já vivemos tanto e parece que
nada mudou. A única certeza é que tudo que aprendemos lá na infância permanece
como ensinamento que preservamos de forma intacta em nosso coração.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Seus filhos já estão criados, encaminhados e sua missão
está quase cumprida. A minha ainda tem uma longa estrada pela frente, mas sigo
seu exemplo e sei que também vou alcançar meu objetivo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Quem sabe, um dia, a gente se encontre novamente para
comemorar a vida e tudo que ela nos deu. Desde os <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>tempos de infância, quando éramos simplesmente
centroavante e meia-esquerda de um time chamado Paulistinha, que vestia camisa
vermelha tingida na oficina do Luciano Venturini e que para nós era um orgulho
vestir.<o:p></o:p></span></div>
<br /><div class="blogger-post-footer"><script type='text/javascript' src='http://www.espn.com.br/js/fe/widget.js'></script><script type='text/javascript'> widgetUltimasNoticas(4,'ultimas'); </script></div>Humberto Buttihttp://www.blogger.com/profile/03599073035715951568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-949318426903589075.post-10368443891501313102019-12-20T15:36:00.000-03:002019-12-20T15:36:00.547-03:00São tantas emoções<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Parafraseando o rei Roberto Carlos, já vivi muitas emoções na profissão
que escolhi. O Jornalismo meu deu a chance de viver muitos momentos, conhecer
pessoas e lugares.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A base do meu trabalho veio da rádio e de jornais locais. Foi aqui no
âmbito local que dei meus primeiros passos nessa área que deslumbra e abre
horizontes.</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mais tarde pude galgar outros patamares, ocupar posições estratégicas em
determinados órgãos de comunicação e, dessa forma, vivenciar experiências
ímpares. Tudo isso me fez crescer profissionalmente e também como pessoa.</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">No jornalismo esportivo conheci muitos ídolos e também profissionais que
nem por sonho esperava conhecer. Poder conversar com pessoas como o ex-jogador
Tostão; o jornalista Orlando Duarte, que fez carreira na TV Cultura; Chico
Pinheiro e Mauro Naves, da TV Globo; os narradores Fiori Gigliotti, da
Bandeirantes, e José Carlos Araújo, da Rádio Globo do Rio, entre tantos, foi
algo que marcou minha carreira.</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O futebol me levou a lugares que nem sonhava em conhecer como Belo Horizonte-MG
ou Cali, na Colômbia. Me fez frequentar templos sagrados como a Vila Belmiro,
conhecida como a Vila Famosa, por ter abrigado grandes astros, entre eles o
maior de todos – Pelé.</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mas, nada se compara com a emoção de falar ao vivo para o Brasil inteiro
através de uma rede chamada CBN (Central Brasileira de Notícias), afiliada ao
Sistema Globo de Rádio, experiência que me deu uma enorme bagagem profissional.
Foi o ponto de crescimento que faltava, pois o aprendizado em uma rede assim é
inigualável.</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Lembro bem de passagens como as eleições de 2002, quando a cada meia
hora três afiliadas da CBN no Brasil inteiro entravam com repórteres ao vivo
dando um panorama da votação. Eu era o encarregado dessa tarefa pela CBN Mogi
Mirim e foi uma emoção muito grande poder participar desse projeto.</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Na Copa de 2002 um fato incrível aconteceu quando eu estava apresentando
o Jornal da CBN Mogi. Como a Copa era na Ásia, o jogo das quartas-de-final
entre Itália e Coréia do Sul estava rolando solto durante o jornal que ia ao ar
das 9h30 ao meio-dia.</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O som da rede estava no monitor, pois se saísse gol ficaríamos sabendo e
informaríamos os ouvintes. De repente, no som do monitor surgiu a tarantela,
música que nos remete à Velha Bota.</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Imediatamente, no ar, indaguei: será que foi gol da Itália? O Brother,
apelido do Daniel Silva, que era técnico de som, colocou a rede no ar e, como
se tivesse me ouvido, o Milton Young, que comandava o Jornal da CBN São Paulo
respondeu: não, foi gol da Coréia.</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Claro que ele não havia respondido para mim, afinal nem me conhecia, mas
a coincidência foi tão grande que ficou parecendo que a resposta tinha sido
para minha pergunta. Momentos assim jamais serão esquecidos.</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Foram anos e anos de emoções, viagens e convivência em um mundo que só
se vê pela TV ou se ouve pelo rádio. Deus me deu essa oportunidade e guardo
para sempre tudo que aprendi, vivi e conheci.</span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 18.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br /><div class="blogger-post-footer"><script type='text/javascript' src='http://www.espn.com.br/js/fe/widget.js'></script><script type='text/javascript'> widgetUltimasNoticas(4,'ultimas'); </script></div>Humberto Buttihttp://www.blogger.com/profile/03599073035715951568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-949318426903589075.post-81420572542532983982019-12-20T15:33:00.000-03:002019-12-20T15:33:36.259-03:00Rivalidade sadia<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Houve um tempo em que praticamente todas as paróquias da
cidade possuíam suas comunidades de jovens. Um tempo que os jovens e os nem tão
jovens assim dedicavam parte do tempo às coisas da igreja e às campanhas para
auxiliar os mais carentes.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Lembro que cada uma tinha sua sigla e arrebanhava os
jovens do bairro e das redondezas da paróquia. Uns, por laços de amizade com
integrantes de outras comunidades, acabavam integrando o movimento de igrejas
distantes de onde moravam, mas o que importava era a finalidade, a união em
torno das causas religiosas e de benemerência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">No início dos anos 80, quando era forte a participação da
juventude, havia a Jussabe (São Benedito), Jucrisp (Prados), Jucric (São
Judas), Cojuc (Menino Jesus de Praga) e Aleluia (Santo Antonio). Eu, a convite
da minha irmã Claudia, que já fazia parte da comunidade Aleluia, passei a
frequentar as reuniões e as campanhas da mesma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A participação dos jovens era tão forte e representativa
que até uma competição esportiva, organizada pelo Departamento de Esportes,
envolvendo as comunidades e seus integrantes. E entre as modalidades esportivas
incluídas estava o futebol de campo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A maior rivalidade era entre Aleluia e Jussabe. Por ser a
comunidade com maior volume de jovens e possuir bons jogadores, era o time a
ser batido e a disputa era sempre de sair faísca, embora no final a amizade
prevalecesse.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Nosso time não era uma maravilha da natureza, mas possuía
bons jogadores como o Paulinho Adorno, o Wande Felippe, o Van Pires de Camargo,
entre outros. Mas, o que mais corria, mais brigava e dava trabalho para os
adversários era um atacante chamado Juscelino Scaglia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ele era do tipo de jogador que não desanimava nunca, ía
em todas as bolas e dava trabalho para a defesa do adversário. Não que fosse um
craque, mas por sua impetuosidade, incomodava os marcadores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mais tarde, como funcionário da Caixa Federal, joguei
novamente com o Juscelino no time da agência local. Nosso time era enxertado
por alguns convidados e participava de torneios como o da AABB (Associação
Atlética Banco do Brasil).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">No gol jogava o Pedro Godoy Bueno, que na época era subgerente;
a defesa tinha o Fernando Massarente, que ocupava a gerência e organizava tudo.
Eu jogava no ataque juntamente com o Juscelino.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Lembro que em 84 nosso time estava na final do torneio da
AABB e iria enfrentar o time da casa na manhã de um domingo. Mas a fatalidade
não permitiu que o jogo fosse disputado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Nosso intrépido atacante, ao subir o viaduto Tiradentes
com sua moto para ir à missa, foi fechado por um veículo e acabou sofrendo um
grave acidente. O jogo nunca foi realizado e nosso time nunca mais voltou a
entrar em campo com seu uniforme preto e verde abacate, parecido com o do
América Mineiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Juscelino foi embora um tempo depois, mas seu jeito
nervoso de ser marcou nossas vidas. Deixou bons motivos para guardarmos ele
para sempre na memória e no coração e foi dar trabalho para as defesas
adversárias lá no andar de cima. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br /><div class="blogger-post-footer"><script type='text/javascript' src='http://www.espn.com.br/js/fe/widget.js'></script><script type='text/javascript'> widgetUltimasNoticas(4,'ultimas'); </script></div>Humberto Buttihttp://www.blogger.com/profile/03599073035715951568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-949318426903589075.post-73977643934419603822019-12-20T15:28:00.003-03:002019-12-20T15:28:44.097-03:00Pula, Futrica<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Acredito que todo mundo, pelo menos uma vez na vida, já
foi ao circo. Desde os mais modestos até aqueles com fama internacional, cada
um com suas atrações, palhaços, trapezistas, acrobatas e a magia que só o circo
pode proporcionar.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Na minha infância o circo da moda tinha nome e sobrenome:
Irmãos Almeida. Um circo feito por uma família e que nos dava o prazer do
encantamento e a alegria de poder ver artistas interpretando.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Foram várias as passagens do circo na cidade. Por ser
enraizado em Campinas, o circo Irmãos Almeida corria o interior paulista com
mais assiduidade do que fazia em outros estados e vez ou outra acabava
aportando por aqui.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Eu, como toda criança daquela época, adorava ir ao circo
para ver os palhaços, o Fredô – interpretado pelo Alfredo Almeida, irmão do
mentor do circo, o Walter de Almeida. Fredô era um palhaço bastante engraçado que
puxava uma cadelinha feita de pano cujo nome era Futrica e contracenava com Nhá
Tica, personagem encarnada por sua irmã Abegair.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A cada aparição do Fredô e sua Futrica era certeza de
boas risadas. Sua espontaneidade e pureza daquela época contrastam com o que
vemos hoje nos espetáculos circenses, em que os palhaços, em sua maioria,
utilizam muita a linguagem chula que muitas vezes é nociva às crianças.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas tinha também as atrações musicais, os cantores e
cantoras convidados que sempre engrandeciam o espetáculo. Era só anunciar e o
circo lotava para ver as atrações de perto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">O ponto culminante de cada sessão era a peça teatral. Os
artistas do circo se vestiam a caráter para interpretar grandes sucessos
teatrais como O Cangaceiro, Marcelino Pão e Vinho e muitas outras, que
arrancavam lágrimas da plateia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Os integrantes do circo Irmãos Almeida eram tão famosos
por essas bandas que quando o circo chegava tornavam-se as atrações principais
nos programas da Rádio Clube. Eram tratados como verdadeiros ídolos pela
população.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Hoje tudo isso acabou, o circo Irmãos Almeida não roda
mais pelas cidades levando alegria para crianças e adultos. Esse encanto acabou,
mas aqueles momentos ficaram gravados na memória de quem viveu aquele tempo
simples e puro.<o:p></o:p></span></div>
<br /><div class="blogger-post-footer"><script type='text/javascript' src='http://www.espn.com.br/js/fe/widget.js'></script><script type='text/javascript'> widgetUltimasNoticas(4,'ultimas'); </script></div>Humberto Buttihttp://www.blogger.com/profile/03599073035715951568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-949318426903589075.post-86030261953439737382019-12-20T15:27:00.000-03:002019-12-20T15:27:22.201-03:00Praça agonizante<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Quem conheceu a praça Bernardino de Campos quando ela
realmente era o cartão postal da cidade pode se considerar um privilegiado. Era
um tempo em que a principal praça da cidade, com seus atrativos e cheia de vida
em seu entorno, dividia com o Parque Juca Mulato a honra de representar a
beleza da cidade um dia chamada de A Linda.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Conheci a antiga praça antes da revitalização promovida
no final dos anos 60 pela mãos do engenheiro Renato Righetto. Tanto a antiga
como a nova sempre foram belas e atraíam pessoas de todas as idades.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Em seu entorno existiam bares, restaurantes, cinemas,
clubes, enfim, havia vida e movimento. Com a construção da nova Matriz,
iniciada no final dos anos 50 e concluída em 1967, a praça também ganhou novos
ares com a construção da fonte luminosa em sua parte baixa, fator que se
constituiu em mais um atrativo para a população.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas, aos poucos, a beleza foi se transformando em tristeza.
Os estabelecimentos que antes faziam a praça ter vida foram sendo trocados por
bancos, farmácias e lojas que encerram suas atividades com o cair da tarde,
deixando a praça entregue à solidão e ocupada por flanelinhas, pedintes e
usuários de drogas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A fonte, o coreto, a vida da praça principal da cidade
não existem mais. Os grandes eventos que faziam daquele logradouro o ponto de
encontro das pessoas, como os desfiles cívicos e o Carnaval, já não fazem da
praça seu ponto culminante e nem mesmo as árvores, que antes embelezavam a
praça Bernardino de Campos foram substituídas por novos exemplares.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Sobrou apenas a estátua do Comendador Virgolino de
Oliveira, isolado em meio ao vazio que tomou conta daquela que antes era uma
das mais belas praças do interior paulista. Do alto de sua imponência, ele vê,
aos poucos, morrer um dos orgulhos da cidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Querer a velha praça de volta é pura utopia de um teimoso
saudosista, é sonhar com o impossível. Mas, ver a praça ganhar vida novamente é
algo perfeitamente plausível.<o:p></o:p></span></div>
<br /><div class="blogger-post-footer"><script type='text/javascript' src='http://www.espn.com.br/js/fe/widget.js'></script><script type='text/javascript'> widgetUltimasNoticas(4,'ultimas'); </script></div>Humberto Buttihttp://www.blogger.com/profile/03599073035715951568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-949318426903589075.post-11203283198953693422019-12-20T15:21:00.003-03:002019-12-20T15:21:36.757-03:00Pessoas que são imortalizadas por seus atos<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Algumas pessoas, quando sobem para o andar de cima, não
morrem, são imortalizadas pelos atos de generosidade e ações que visam sempre o
bem do próximo. Acredito que Deus as chama para que continuem lá em cima a obra
que aqui deixaram de forma inacabada.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Flávio Zacchi é um desses, com certeza. Sua partida
precoce, aos 53 anos, deixou uma lacuna, não só no seio familiar, mas na orda
de benemerência que sempre integrou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Conheci Flávio Zacchi por diversos motivos. Pela
proximidade das famílias, principalmente. A família Zacchi sempre foi próxima
da família de meus avós paternos, pela pouca distância entre as casas e,
principalmente, pela devoção a Santo Antônio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Nascido no final de maio de 1939, Flávio Zacchi foi um
dos fundadores da Guarda Mirim, abrindo assim a oportunidade para que muitos
jovens e adolescentes pudessem trilhar o mesmo caminho que ele. Afinal, foi
dessa forma que iniciou sua carreira profissional no escritório de
contabilidade do qual depois se tornou um dos proprietários.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Lembro como se fosse hoje da educação com que tratava a
todos, fosse qual fosse o nível social ou econômico. Talvez isso fizesse parte daquilo
que chamamos de berço e algo que carregou consigo desde os tempos em que
trabalhava com o pai Carlim Zacchi no restaurante defronte a igreja do santo
casamenteiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Figura comum nas missas da Matriz de Santo Antônio,
estava sempre pronto a auxiliar na celebração. E, por ter uma boa dicção,
comumente era chamado a ler durante a mesma. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Essa afinidade com as coisas de Deus e a facilidade para
se fazer entender o levaram a comandar, anos a fio, a Oração da Ave Maria, um
momento de pura reflexão nos microfones da Rádio Clube, caminho para adentrar
nas casas dos ouvintes com uma mensagem de fé. Talvez essa fosse mais uma fatia
de sua missão enquanto trilhou pelos caminhos do mundo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Em 69 foi o apresentador itapirense no então famoso
Cidade contra Cidade, comandado por Sílvio Santos na extinta TV Tupi. Lá, com
maestria, representou sua cidade e sua gente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Formou sua família ao lado da esposa Antonia Ruth de
Souza e com ela teve as três filhas: Flávia, Fernanda e Fabiana. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Assim como meu tio padre José Rubens Butti, que partiu
desse mundo ainda jovem, aos 29 anos, Flávio Zacchi também foi chamado para
integrar o grupo que preserva os bons costumes e a fé de seu povo, mesmo
estando em um plano superior.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E como sempre dizia no final da Ave Maria, Flávio deve
estar nesse momento nos enviando através das ondas do rádio de Deus a mensagem
que deixava aos ouvintes: ‘que o Senhor nos abençoe e nos dê a luz para o dia
de amanhã’. Amém!<o:p></o:p></span></div>
<br /><div class="blogger-post-footer"><script type='text/javascript' src='http://www.espn.com.br/js/fe/widget.js'></script><script type='text/javascript'> widgetUltimasNoticas(4,'ultimas'); </script></div>Humberto Buttihttp://www.blogger.com/profile/03599073035715951568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-949318426903589075.post-90023958193144564622019-12-20T15:21:00.000-03:002019-12-20T15:21:02.085-03:00Pequeno, mas eclético e versátil<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Ele era pequeno na estatura, mas era eclético e versátil,
como ele mesmo costumava falar quando elogiava alguém. E um de seus predicados
era conhecer profundamente a música brasileira, principalmente aquelas canções da
chamada velha guarda.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Conheci Luis Cestaro, o Gijo, quando o mesmo trabalhava
como fotógrafo junto com o irmão Orlando Cestaro, o Orlando Bóia. O estúdio
ficava na Campos Salles, no mesmo prédio que abrigava, em sua entrada principal
na José Bonifácio, a Casas Pernambucanas. Era ali que minha mãe nos levava para
tirar as fotos quando éramos crianças.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Gijo sempre teve uma paixão pela música. Fã incondicional
de Francisco Alves, chegava a se emocionar quando, em seu programa semanal na
Rádio Clube, atendia seus ouvintes e colocava uma das faixas dos discos de
vinil do cantor conhecido como Rei da Voz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Apesar de sempre estar presente no dia a dia da emissora,
principalmente pela amizade com seu proprietário, Luiz Norberto da Fonseca, foi
na década de 80 que Gijo emplacou seu programa Encontro com a Saudade nas
noites de segunda-feira. Nele, a pedido das centenas de ouvintes, mandava para
o ar canções de Elizete Cardoso, Ataulfo Alves, Marlene, Nelson Gonlçalves e,
claro, Chico Alves, entre outros grandes nomes da era de ouro da música
nacional.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Gijo Cestaro, com seu jeito extrovertido, tinha carisma e
era querido por todos os que o conheciam. Da juventude trazia a grande amizade
com Hideraldo Luis Bellini, o capitão da Copa de 58, e sua família.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Lembro que seu programa noturno pela Clube era aguardado
pelos fãs das músicas do passado e o pedidos eram atendidos com o auxílio de
seu fiel escudeiro Jorge Luis Bonaldo, que atuava na técnica de som. E, quando
queria citar o amigo que dava sustentação à qualidade do programa sempre usava
o bordão – ‘o eclético e versátil Jorge Luis Bonaldo’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Naquelas horas de música de boa qualidade, Gijo costumava
citar seus ouvintes. Mas, algumas vezes a memória do locutor falhava e lá
estava o Jorginho, do lado de fora do aquário, como costumamos falar na gíria do
rádio, para auxiliar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Lembro de duas passagens hilárias que até hoje são relembradas
quando citamos aquele pequeno grande homem. Certa vez, ao agradecer a audiência
do então pastor da Igreja Presbiteriana, Osvaldo Chamorro, Gijo trocou as bolas
e mandou um abraço para o pastor Charroio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E, em outra oportunidade, ao tentar homenagear um amigo
que estava na audiência, Gijo foi acometido de lapso de memória e não conseguia
lembrar o nome do cidadão. Aí, com o microfone aberto, iniciou a homenagem –
‘gostaria de mandar um abraço para o meu amigo, meu grande amigo, meu
inesquecível amigo...’ e o nome não vinha à memória, até que emendou – ‘como é
mesmo o nome dele Jorginho?’<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Gijo Cestaro já partiu para o andar de cima, mas deixou
muitas recordações. Deixou boas e grandes amizades por aqui.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">As noites de segunda-feira jamais foram as mesmas depois
que parou com o seu Encontro com a Saudade pelas ondas da Clube. Francisco
Alves, Ataulfo Alves, Marlene, Emilinha Borba, Nelson Gonçalves e tantos nomes
de peso da música brasileira perderam de vez o espaço que tinham no rádio, mas
devem estar agradecendo até hoje aquele pequeno, mas eclético e versátil homem
que por muito tempo divulgou suas belas músicas aqui embaixo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br /><div class="blogger-post-footer"><script type='text/javascript' src='http://www.espn.com.br/js/fe/widget.js'></script><script type='text/javascript'> widgetUltimasNoticas(4,'ultimas'); </script></div>Humberto Buttihttp://www.blogger.com/profile/03599073035715951568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-949318426903589075.post-37826719970309303792019-12-20T15:20:00.000-03:002019-12-20T15:20:29.098-03:00Pé de pobre não tem número<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Dessa vida nada se leva, apenas as boas ações, as
amizades sinceras e os lugares que enchem nossos olhos. Viajar nem sempre é
possível, amizades sinceras são cada vez mais raras, mas as boas ações podemos
praticar sem medo e sem dó.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Conheço muita gente que se sente constrangido quando
alguém diz: ‘tenho algumas roupas que foram dos meus filhos e não servem mais,
quer para você?’. Ao invés de entender que aquela pessoa de bom coração está
querendo ajudar, se sente ofendida pela oferta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Desde que minha pequena passou a frequentar a escola,
primeiro na Vivência e depois no Anglo, raras foram as vezes que precisei
comprar uniforme. Sem que eu imaginasse, muitas vezes chegava com ela na escola
e lá vinha uma funcionária com uma sacola que alguém tinha deixado para mim
repleta de peças de uniforme.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Muitas vezes nem descobri o autor da ação para poder
agradecer, mas no meu íntimo esse agradecimento era feito, pois eu sabia que
aquela pessoa era portadora de um grande coração. E nada mais justo que eu
pedisse a Deus para que a recompensasse.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Quantas e quantas vezes apertaram a campainha de casa e
quando desci para atender era algum amigo ou pai de algum colega de escola dela
com sacola de roupas e brinquedos para minha pequena. E não foram poucas as
vezes que isso ocorreu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Quem conhece a luta que travamos para enfrentar a vida de
frente sabe que todos devem ser solidários. E eu também procuro fazer a minha
parte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Lembro que quando chegou o momento de trocar de escola e,
consequentemente, de uniforme, tudo que pudesse servir para outra criança levei
para ser encaminhado. É assim que deve ser e é assim que sempre será.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">A vida não é uma estrada feita apenas de chão liso, sem
pedras ou buracos. Quando estamos pisando em terreno firme, devemos sempre nos
preparar para o que vem pela frente ou para ajudar quando alguém está em
dificuldade para transpor um obstáculo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Nunca sinta vergonha de ser ajudado, nunca se sinta
ofendido se alguém pensou em você e ofereceu algo que não lhe serve. Pegue com
as duas mãos e agradeça com o coração, pois um dia você também vai poder
oferecer algo que não lhe serve para alguém que esteja necessitando, afinal, pé
de pobre não tem número.<o:p></o:p></span></div>
<br /><div class="blogger-post-footer"><script type='text/javascript' src='http://www.espn.com.br/js/fe/widget.js'></script><script type='text/javascript'> widgetUltimasNoticas(4,'ultimas'); </script></div>Humberto Buttihttp://www.blogger.com/profile/03599073035715951568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-949318426903589075.post-89803345604309446302019-12-20T15:17:00.002-03:002019-12-20T15:17:59.392-03:00Para onde foi todo mundo?<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Acordei com o coração aos sobressaltos, com a impressão
de que algo estava errado. De repente me dei conta que era manhã de Natal e
pulei da cama, louco para abrir meu presente.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Corri até a porta do quarto para descobrir o que o Papai
Noel havia deixado e meus sapatos não estavam lá. Será que alguém tinha roubado
meus sapatos?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Não tinha presente, não tinha sapatos e o silêncio era
ensurdecedor. Chamei pela minha mãe, nada; chamei pelo meu pai, nada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Para onde havia ido todo mundo? Será que já tinham ido
para a casa de meus avós e me deixado para trás?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Lavei o rosto para ver se tudo não passava de um sonho,
mas o silêncio continuava o mesmo. Coloquei a primeira roupa que achei e saí
correndo para a rua.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Subi correndo o escadão da Ladeira São João, dois passos
em cada um dos enormes degraus tal era a pressa. Lá em cima, perto da casa do
padre Henrique, já quase sem fôlego, decidi ir pela Avenida dos Biris para
ganhar tempo, mas descobri que não havia mais biris.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mesmo assim continuei correndo para chegar logo àquela
ruazinha que dá acesso até a Rua João Pereira, mas a ruazinha já não existia
mais. Como não havia outro caminho, dei meia volta e decidi contornar o muro do
campo, passar em frente a cadeia e virar a esquina na casa do padre Matheus, em
frente o coleginho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E, para minha surpresa, não tinha campo, não tinha cadeia
e muito menos a casa do padre ou o coleginho. Mesmo assim continuei andando,
acreditando ser tudo um sonho ou mesmo um pesadelo, na certeza de chegar ao meu
destino e encontrar todo mundo no rancho ou embaixo da parreira de uva.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Não via a hora de subir os dois quarteirões da Bentico
Pereira e enfim dobrar a João Pereira, na esquina da casa do Tito Bianchi, e
avistar a casa de meu avô João. Que nada, virei a esquina e encontrei foi nada,
nem Tito Bianchi, nem os Artigiani, os Avancini ou os Paschoal e muito menos a
casa do meu avô.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Como tudo havia mudado, para onde teria ido todo mundo?
Já sem forças para continuar, sentei na beira da calçada debaixo da árvore onde
meu pai estacionava o Fusca azul 67, placas RI 6792, mas nem mesmo a árvore
resistira ao tempo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E ali, sentado, sozinho, me dei conta que o tempo havia
passado, que eu já não era mais uma criança e que tudo isso tinha ficado para
trás. Será que chorar e pedir para o relógio voltar iria adiantar?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Claro que não, tudo isso já faz parte de um tempo que o
próprio tempo se encarregou de perpetuar em minha memória. Um tempo que no meu
livro da vida data mais de meio século, um tempo bom que um dia fez parte da
minha história.<o:p></o:p></span></div>
<br /><div class="blogger-post-footer"><script type='text/javascript' src='http://www.espn.com.br/js/fe/widget.js'></script><script type='text/javascript'> widgetUltimasNoticas(4,'ultimas'); </script></div>Humberto Buttihttp://www.blogger.com/profile/03599073035715951568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-949318426903589075.post-83151758562853623162019-12-20T15:16:00.000-03:002019-12-20T15:16:16.249-03:00Pão com ovo<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 18pt;">Quando Deus uniu meu pai e minha mãe, com certeza sabia o
que estava fazendo. Afinal por mais de meio século os dois caminharam juntos
até meu pai subir para o andar de cima.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Aquela era uma união perfeita que entrelaçava a
simplicidade e a força de vontade de meu pai com a perspicácia e o poder de
convencimento de minha mãe. Quando ela antevia algo, bom ou ruim, sempre se
colocava a frente e dava seu jeitinho para mostrar o melhor caminho para meu
pai.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">E assim foi em várias oportunidades, como na compra de
uma das partes na fábrica de móveis onde meu pai suava para sustentar a
família, na compra da casa de minha avó materna e em tantas outras situações.
E, em todas elas, lá estava minha mãe para apoiar e dar o caminho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Meu pai sempre trabalhou, desde a infância. Sua
honestidade e força de vontade contrastavam com a simplicidade na hora de
pensar. Mas minha mãe, com o sangue catalão de meu avô Antônio e napolitano de
minha avó Carmela, estava sempre pronta para dar o empurrãozinho que faltava.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Lembro bem quando minha irmã mais velha concluiu o quarto
ano primário no Júlio Mesquita e meu pai, por toda lei, queria que ela fosse
aprender corte e costura com a Lia Pretti, pois acreditava que filha mulher
devia ser costureira. Minha mãe, com seu jeitinho peculiar, mudou o rumo das
coisas e convenceu meu pai a deixar que ela seguisse nos estudos e, assim, com
a inteligência que Deus lhe deu, ela chegou à gerência do Banco do Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Mas, além dessa perspicácia, minha mãe também tinha um
bom coração. Nos meus tempos de Júlio Mesquita, na hora do recreio, lá ia ela
escadão da Ladeira São João acima para levar salada de frutas em um potinho de
margarina que eu ficava esperando no portão da escola.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Quando chegou a vez da Claudia, a caçula dos três filhos,
o cardápio era outro. Um ovo era transformado em omelete na hora e colocado no
pão para que minha irmã comesse no recreio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Um dia, ao saber que minha irmã repartia o lanche com a
amiga de classe, imediatamente passou a levar dois lanches iguais, um para cada
uma. Esse seu gesto, mais tarde, foi lembrado pela Rosângela Tonolli, a amiga
do pão com omelete, que foi quem cuidou de minha mãe quando ela permaneceu na
UTI da Santa Casa em recuperação devido ao pequeno AVC que a acometera.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Deus sempre sabe o que faz e quem ele une. Por isso meus
pais foram felizes por mais de meio século, construíram a família com a força
de meu pai e a perspicácia de minha mãe, um casamento perfeito para que tudo
desse certo, como deu.<o:p></o:p></span></div>
<br /><div class="blogger-post-footer"><script type='text/javascript' src='http://www.espn.com.br/js/fe/widget.js'></script><script type='text/javascript'> widgetUltimasNoticas(4,'ultimas'); </script></div>Humberto Buttihttp://www.blogger.com/profile/03599073035715951568noreply@blogger.com0