sábado, 7 de abril de 2012

Que amor é esse?

Sou de um tempo em que a amizade entre as pessoas era muito mais verdadeira. Um tempo em que havia respeito para com os mais velhos.

Cresci aprendendo que o amor ao próximo era um sentimento original. Amar pai e mãe, principalmente, era primordial.

Lembro bem que, como criança, era meu dever respeitar os mais velhos, pedir a bênção aos meus avós, tios e padrinhos. Bem diferente dos dias atuais e da forma com que os mais velhos são tratados.

Já passei dos cinquenta, já vai longe o tempo em que eu era um menino magricela de orelhas grandes, mas nem por isso esqueci como se deve tratar uma pessoa mais velha. Acredito que os ensinamentos que recebemos quando criança devem ficar para sempre.

Sempre amei e respeitei meus pais e guardo seus ensinamentos como se guarda um tesouro. Aprendi com eles que o amor é algo verdadeiro.

Gostei de muita gente nessa vida e algumas pessoas, acredito, também gostaram de mim. Por isso sei o que é esse sentimento e o que ele significa.

Mas, como na vida a gente vive aprendendo, nada melhor que um dia após o outro para descobrirmos novas formas de amor. Para ser sincero, nunca imaginava que seria pai e sentiria tanto orgulho por isso.

Mas, mais do que isso, nunca imaginava ser pai depois dos 50 e sentir que sou alvo de tanto amor. E esse sentimento que vem de dentro do coração torna-se ainda maior e mais sincero quando parte de uma criança.

Às vezes, quando minha pequena Mariane já dorme a sono solto, me entrego aos pensamentos e busco uma explicação para tudo aquilo que ela me ensina com seu jeito simples de encontrar soluções ou pela forma de externar o amor que sente pelo pai. Fico a imaginar como seria minha vida sem ela, sem sua presença, sem seu amor e carinho.

Por tudo o que ela representa em minha existência, tenho plena consciência da sua importância para mim. Mas, muitas vezes, não consigo encontrar explicação para tudo que represento para ela.


Sei que um filho deve amar e respeitar pai e mãe, como aprendi na infância, mas sua forma de expressar esse amor e esse carinho é algo muito além de tudo que experimentei nessa minha caminhada. Por isso, sozinho em meus pensamentos, frequentemente olho para ela, dormindo como um anjo, e me pergunto: que amor é esse? A resposta vem quase que de forma imediata, pois seu semblante sereno, tranquilo, enquanto dorme, traduz tudo aquilo que seu coração emana para seu velho pai. 

3 comentários:

Giovana Polizel disse...

Esse sentimento é o mais puro possivel,tanto o seu para com sua filha e vice-versa.Nao sei se voce tem mais filhos,eu tenho uma só e hoje esta com 20 anos,entao aproveite o maximo cada momento para que ele se eternize dentro de voce pois o tempo passa num piscar de olhos e quando nos damos conta os filhos ja cresceram sao independentes,tomam suas decisoes e assim continua o ciclo da vida.Um dia tambem ja fomos filhos pequenos e nossos pais passaram por isso.Grande abraço Giovana Polizel,Itapirense com muito orgulho.

Humberto Butti disse...

Oi Giovana, também tenho muito orgulho de ser itapirense. Tenho apenas a Mariane e sou feliz por isso. Grande abraço

celia regina godoy disse...

oi humberto,tudo bem com voce né ,adoro ler tudo que voce escreve,mais voce parou de escrever já faz um tempo.eu gostaria de pedir para voce continuar escrevendo sobre sua infancia e sobre a mariane,que está uma gracinha.ela esta se divertindo muito neste final de ano eu espero.é bom seu blog porque a gente sempre fica perto de voces dois.feliz natal e ano novo,da sua prima de mogi mirim .venha nos visitar em mogi.celia regina godoy.18/12/12

A quarta série ginasial

Faz tempo que isso não ocorre, mas um tempo atrás eu vivia sonhando que estava nas dependências da escola onde cursei o ginasial e também ...