quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O rock’n roll está vivo

As noites de sexta-feira nunca mais serão as mesmas. Pelo menos para curte o bom e velho rock’n roll, que ao contrário de grandes ícones como Jim Morisson da banda The Doors, Jimi Hendrix e até o nosso Raul, que partiram dessa pra melhor, está mais vivo do que nunca.

Quem passa pelo calçadão da José Bonifácio, lá embaixo, onde ele tem ares de outra cidade, mais para paragens praianas que para uma provinciana e pacata localidade conhecida como Itapira, nota a concentração de gente de todas as idades, espalhada pelas mesas dispostas ao longo da entrada do Sarkis Shopping. Ali se fala de tudo, principalmente de rock.

Apesar da discrepância do nome, o Jazz Café, pilotado pelo Zé Turco, vocalista e líder da Fire Bless, virou point obrigatório para quem curte esse segmento musical. É ali que, entre uma cerveja e outra, os integrantes das bandas – e não são poucas – organizam eventos, trocam idéias e, pra variar, promovem verdadeiros concertos.

Gosto musical não se discute. Uns gostam de pagode, outros de sertanejo, tem quem curte a bossa nova, o hip hop, mas num ponto todos concordam: não dá pra deixar o rock de lado. E olha que o Roque, não a música, mas o astro dos lanches, está bem ali, no fundo do shopping.

E é nessa linha que a cidade hoje está se transformando em celeiro de boas bandas, que têm seu público cativo e acompanhamento de agenda através de um portal especializado e muito bem formatado, o Megaphone.

Puxando pela memória, consegui contar pelo menos sete bandas, cada uma com estilo próprio. Estão na ativa a The Drunkers, a Fire Bless, a Mr Speed, a The Sweethearts (formada por mulheres), A Falange, Planeta Radioativo e Kiss Cover. Sem contar a Alice D, que está ‘fechando as portas’ e outras formações que aparecem e desaparecem num piscar de olhos.


Posso estar puxando a brasa para a minha sardinha, afinal também gosto do bom e velho rock, mas a grande verdade é que onde tem rock do bom não tem confusão, brigas ou selvagerias. É tudo levado no jargão patenteado em Woodstock, o famoso ‘paz e amor’. Rock neles!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Papai Noel existe

Ainda estão frescas na minha memória as lembranças de minha infância. Do tempo em que esperar pelo Papai Noel era algo especial.

Recordo, como se tivesse ocorrido há pouco, a alegria de acreditar na sua chegada e depois constatar que ele havia passado pela minha casa. Que suas renas tinham comido o capim que eu havia deixado, junto com a água, atrás da porta, ao lado dos meus sapatos.

Como era bom ser criança. Não ter compromissos ou preocupações.

Acompanhar com ansiedade de criança os preparativos de minha mãe e minha avó para o almoço de Natal. Foram tempos realmente felizes.

Na noite de Natal era difícil dormir. Os olhos não queriam fechar e os minutos não passavam. Pela manhã, a alegria de encontrar o presente ali, bem atrás da porta, era algo indescritível.

Depois, uma pequena caminhada até a casa de meus avós paternos, nos altos do Bairral, para o almoço com a família. Vejo, em minhas lembranças, a mesa grande no rancho da casa, as brincadeiras e a alegria de todos.

Hoje, já na casa dos 50, ainda me recordo de tudo isso e fico pensando em como foi bom, como acreditar no Papai Noel foi uma das melhores fases da minha vida.

Agora, que tenho em casa um ‘pacotinho’ de 11 meses, que ainda não sabe o que significa esperar pelo Papai Noel, entendo que minha missão é dar à minha filha a alegria de crer em sua existência, de poder esperar pela sua chegada e viver os melhores momentos de sua vida de criança.

Quero dar para ela tudo que meus pais me deram. A alegria pela espera, o presente escondido atrás da porta, a emoção de sentir que ele passou por ali e a importância que tudo isso terá para o resto de sua vida.

Quem Papai Noel existe eu não tenho a menor dúvida. Afinal, ele está no coração de todos nós, que um dia fomos crianças e acreditamos que ele descia nas casas, com o saco carregado de presentes para as crianças que foram obedientes durante o ano.

Mas, além de tudo isso, quero dar também a educação que recebi de meus pais. A forma de se dirigir aos mais velhos com o respeito que merecem.


E meus pais, que me proporcionaram todos esses momentos maravilhosos, irão me auxiliar nessa tarefa. Lá do alto, do bangalô onde hoje vivem, estarão me orientando para que eu seja para minha filha tudo o que eles foram para mim.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Um tempo que deixou saudade

Houve um tempo em que futebol se ouvia no radinho de pilha. Vozes como Haroldo Fernandes, Alfredo Orlando e Fiori Gigliotti, e algum depois, José Silvério e Osmar Santos, ditavam o ritmo e a emoção de cada partida.

Eu vivi esse tempo, que me traz muita saudade e dor no coração quando constato que ele não volta mais. Um tempo que apenas povoa nossas lembranças e aperta o peito.

Um tempo em que música boa se ouvia na rádio Mundial, do Rio de Janeiro, à noite, e Excelsior, de São Paulo, durante o dia. Isso porque a propagação das ondas médias nos traz emissoras de longe quando o sol se vai e esconde as mais próximas.

Esse tempo é o mesmo em que ir ao velho Chico Vieira nas tardes de domingo era o programa indispensável para quem queria um bom divertimento. Sentar no alto do barranco que havia na ponta-esquerda de quem ataca para o gol dos fundos, bem ali onde ficava o Bar da Wilma, era o lazer das tardes de domingo. Não importava quem iria jogar, se era amador ou profissional, o bom era estar ali, viver aqueles momentos.

Ver jogos do Vila Ilze, Bom Jesus, Paulista, Usina, Vila Izaura, Bela Vista ou mesmo o profissional com o Itapira AC, era bem melhor dali, daquele local, cercado por amigos verdadeiros.

Um tempo que a noite do domingo era reservada para a discoteca do Centrão. Tenho guardada na mente a imagem do Ronalde Soares, do Bolão e do Di Canguru na ponta do balcão do bar, as músicas verdadeiras de discoteca e o ambiente sadio e saudável.

Sou desse tempo. Um tempo em que ter um som no carro era equipar o mesmo com um tape TKR ou Road Star, que eram o que havia de melhor. Muito diferente de hoje, tempos em que quem equipa o carro coloca o som do lado de fora e sai pelas ruas com o volume aos berros, evidenciando o mau gosto musical do proprietário do veículo.


Às vezes, quando o sono vai embora e os olhos secam, me pego divagando por esse tempo, que marcou a vida de quem teve o privilégio de vivê-lo, e que me traz nostalgia, saudade e prazer, principalmente prazer de ter vivenciado tudo isso.

A quarta série ginasial

Faz tempo que isso não ocorre, mas um tempo atrás eu vivia sonhando que estava nas dependências da escola onde cursei o ginasial e também ...