Com certeza, comemorar por ter escapado do rebaixamento é bem diferente de festejar a conquista de um título. Mas a emoção vivida no domingo no estádio Chico Vieira na vitória suada e dramática da Esportiva sobre o Taubaté me remeteu a um fato semelhante do passado.
É incrível como as lembranças viajam de forma extremamente rápida e reavivam momentos que estavam armazenados em algum cantinho do arquivo de minha memória. Fui parar, em instantes, na conquista do título da 3ª divisão pela mesma Esportiva em 1969.
Lembro bem de muitos detalhes desse feito, da fila de carros que se formou na pista entre Itapira e Mogi Mirim, com destino a Mogi Guaçu, onde a Vermelhinha jogaria sua sorte. O time era muito bom, formado em sua maioria por jogadores da terra, com alguns reforços de cidades vizinhas.
A campanha era quase impecável, com grandes vitórias e muitos gols, principalmente do artilheiro Foraciepe. Tudo isso fazia despertar nos torcedores a vontade de acompanhar os jogos e, como a última rodada reservava para a Esportiva o confronto com o Guaçuano, a tarefa de marcar presença no estádio ficou mais fácil.
Mas, voltando no tempo, relembrei da minha ansiedade pelo desfecho do jogo. Tinha visto a maior parte dos jogos do time em casa e, aos 12 anos, era minha primeira grande experiência como torcedor.
Naquela época meu tio, ainda seminarista, quando vinha para Itapira utilizava uma caminhonete do seminário. E foi nesse veículo que participamos de boa parte da carreata com destino a Mogi Guaçu. Não fomos ao jogo, mas só de ter participado daquela espécie de romaria já me satisfez.
Hoje, 41 anos depois, a Vermelhinha estava novamente em uma decisão, desta vez para não cair e eu estava lá, de corpo e alma. Se na conquista do título, naquele empate sofrido em 0 a 0 em Mogi Guaçu, eu acompanhei a distância, desta vez eu estava lá, sofrendo até o último instante, mas recompensado com o desfecho feliz.
Este blog foi criado com o intuito de perpetuar minhas lembranças de um tempo que não volta mais. Humberto Butti é jornalista, palmeirense e apaixonado pela filha Mariane.
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Desta vez eu estava lá

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