Sou de um tempo em que o aprendizado era para a vida toda. O que
se aprendia em casa ou nos bancos escolares valia como lição de vida.
Um tempo em que o valor de um ensinamento
era medido pelo reflexo que o mesmo representava no dia-a-dia. Por isso, até
hoje, continuo acreditando que a cada dia da vida se aprende um pouco mais, mas
que nunca se pode dizer que já se sabe tudo.
Aprendi muito com meus pais, meus
primeiros e mais importantes mestres. Aprendi também nos bancos escolares, pois
tive mestres de primeira grandeza, tanto no primário como nas demais fases
escolares.
Na profissão que abracei e pela qual sou
apaixonado posso dizer que tive quatro grandes mestres. Cada um com seu grau de
importância na minha formação profissional.
Digo isso porque, quando decidi enveredar
pelos caminhos do jornalismo, mesmo não sendo formado, tinha no meu cerne a
certeza de que era isso que queria. Sentia que era isso que corria nas minhas
veias e, mesmo não tendo formação ou preparo algum, devia seguir em frente.
Afinal, quando ainda era um menino
magricela de orelhas grandes já narrava as partidas de futebol de botão que
jogava sozinho em minha casa. Sem contar a facilidade para escrever ou
interpretar um texto.
Começar do zero tem suas vantagens e
desvantagens. A vantagem estava em aprender tudo desde o início e a desvantagem
era não saber nem por onde começar.
E é aí que entram os mestres, aqueles que
sabem, mas que também sabem passar adiante tudo o que possuem de conhecimento.
Pessoas que têm esse dom e que nasceram para isso.
Posso dizer que tive quatro importantes
mestres em minha vida profissional. Com eles aprendi a formatar um texto, a
saber ouvir os dois lados da história antes de descrever um fato, a ser natural
à frente de um microfone e ser isento de qualquer tipo de paixão.
Jonas Alves Araújo, que me deu a primeira
oportunidade no jornal Cidade de Itapira, me ensinou a ouvir os dois lados do
sino antes de escrever qualquer tipo de notícia. Me mostrou a importância que
os relatos das partes envolvidas têm quando se vai noticiar um fato.
Com o Toy Fonseca, na Rádio Clube, aprendi
a ser natural à frente de um microfone, a ser simples na forma de passar ao
ouvinte aquilo que se tem a dizer. Aprendi com ele a ter a ponderação
necessária a um profissional do rádio.
Com Maurinho Adorno, meu patrão no jornal
O Impacto de Mogi Mirim, aprendi a formatar um texto, a usar as palavras de
forma correta e com a naturalidade que o leitor merece. Dele recebi os
ensinamentos que teria caso tivesse frequentado uma faculdade de Jornalismo,
por exemplo.
Já com Tuia Pires de Souza aprendi um
pouco de cada uma dessas virtudes necessárias ao bom profissional. Aprendi a
formatar um texto, a colocar as palavras de forma correta, a ser natural e
simples à frente de um microfone, ouvir os dois lados da história e, o mais
importante, aprendi como ganhar o respeito de leitores e ouvintes.
Sou grato a cada um e, a cada dia de minha
vida profissional, a cada instante, lembro de algo que aprendi com um deles,
pois sempre que me sento para escrever ou pego um microfone, sempre faço uso de
algo que aprendi com meus mestres. O que se aprende em casa, na escola ou na
vida vale para todo o sempre.
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