segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Não é só museu que vive do passado

Não sei se virei saudosista, se estou ficando velho ou qualquer coisa do gênero, mas a verdade é que estou cada vez mais convicto da necessidade de se preservar o passado e suas lembranças e tudo o que é importante para o prosseguimento de nossa existência. Afinal, apesar de muitos acreditarem que quem vive de passado é museu, sem nosso passado não somos ninguém.

Zapeando pelo site organizado pelo Sérgio de Freitas, que infelizmente não existe mais desde que seu autor partiu dessa para melhor, me deparei com verdadeiras relíquias do nosso passado. Um tempo que não tive o privilégio de viver, mas que sei ter sido um período de ouro para o cultivo de nossas reminiscências.

Viajando pelo tempo naquelas fotos e informações, constatei o quão importante elas são para a construção do alicerce de nossa existência. Pessoas, estabelecimentos, fatos e pedacinhos da história de nossa terra e nossa gente estão ali retratados pelo autor.

Ali pude conhecer figuras folclóricas, das quais só tinha ouvido meus avós ou meus pais falarem. Também relembrei e matei a saudade de pessoas que povoaram minha infância e que hoje já não estão mais entre nós.

O historiador é uma figura de fundamental importância para uma comunidade. Tenho plena consciência do valor de pessoas desse naipe, como o próprio Sérgio de Freitas, o Arlindo Bellini e os inesquecíveis João Torrecillas Filho e Jácomo Mandato, que nos dão ou deram um rico legado de pequenos detalhes, que amealhados como uma colcha de retalhos, formam toda a história de nossos antepassados.

Vasculhar o baú de lembranças é algo que machuca o coração, mas que refresca a alma. É um exercício, ao mesmo tempo doloroso e salutar. Um homem sem passado ou sem memória não tem motivos para seguir em frente.


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