quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Só vão restar as lembranças

Dizem que dessa vida nada se leva. Será? Sinceramente, acredito que são muitos os ingredientes que levaremos na bagagem quando o trem chegar para nos levar daqui para o lugar que, dizem, está reservado para cada um de nós.

Todas as vezes que viajamos, a serviço ou para um simples passeio de férias, a preocupação com o espaço na mala é evidente. O que levar? Roupas, sapatos, escova de dente, objetos pessoais, máquina fotográfica e outras bugigangas lotam todos os espaços.

Para aquela que dizem ser nossa última viagem não deve ser diferente. As boas lembranças devem ficar em um local de fácil acesso, prontas para serem encontradas no primeiro momento de saudade. Afinal, é pra isso que servem. Para apaziguar o aperto no peito e o nó na garganta.

As boas amizades que conquistamos nessa nossa passagem pela Terra precisam ficar bem acomodadas em um local da mala. Como não sabemos qual será nosso paradeiro final, é a elas que iremos recorrer em caso de solidão, medo, insegurança ou necessidade. Se angariamos bons amigos por aqui, com certeza eles não nos faltarão no primeiro momento de fraqueza.

Os lugares bonitos que conhecemos também deverão estar entre os pertences. Como um manual de viagem, daqueles que utilizamos quando saímos sem destino definido, eles irão servir como ilustração para nossa caminhada rumo ao ponto final.


E, finalmente, as boas ações que praticamos por aqui preencherão os espaços que sobrarem na mala. São elas que irão garantir que seremos bem recebidos, onde formos parar nessa viagem. Serão nosso cartão de visita em qualquer ponto ou paradeiro.

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