E mais um Natal foi embora. Já são tantos na minha existência que nem sei qual foi o melhor. O importante é que o Natal sempre traz algo de bom para nossas vidas, algo que fica perpetuado em nossa lembrança e sedimenta o caminho que iremos seguir no ano seguinte.
Dizem que o reflexo das luzes do Natal ilumina nossos passos no ano seguinte. E, se depender desse Natal posso acreditar que 2010 será um ano especial, cheio de luz, magia e esperança.
Sempre gostei do movimento na rua principal, da decoração das lojas e do clima natalino. E neste ano tive um contato ainda maior com tudo isso. Com minha filha Mariane, de um ano, a tiracolo, viajei pelas ondas natalinas carregado pela magia que o brilho de seus olhinhos atentos me proporcionou a cada encontro com o Papai Noel.
Embora não tenha se dado muito bem com o Papai Noel de ‘carne e osso’, sua alegria a cada vitrine que estampasse aquela figura de vermelho, com a barba branca e cara de bonachão era algo contagiante. Acredito que não exista criança que tenha visto mais Papais Noéis que ela. Resultado: fiquei com mais quilômetros rodados na José Bonifácio que urubu de vôo.
Vê-la apontar loja por loja e mostrar seu ‘ídolo’ em diversas formas me remeteu diretamente à minha infância, para um tempo em que eu também cultivava esse fascínio por ele. Essa peregrinação deu um tom mais alegre ao Natal, trouxe coisas boas e renovou a crença em um mundo melhor.
Para 2010 a expectativa é que essa relação seja ainda mais intensa. Afinal, com dois anos uma criança entende melhor as coisas e seu significado. E eu terei que estar em excelente forma física, pois se este ano sua ‘corrida’ foi no meu colo, no ano que vem terei que correr atrás dela, de loja em loja, para ver o homem de vermelho, com a barba branca e cara de bonachão. Vai valer a pena, sem dúvida.
Este blog foi criado com o intuito de perpetuar minhas lembranças de um tempo que não volta mais. Humberto Butti é jornalista, palmeirense e apaixonado pela filha Mariane.
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Mais um Natal que se foi

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Não é só museu que vive do passado
Não sei se virei saudosista, se estou
ficando velho ou qualquer coisa do gênero, mas a verdade é que estou cada vez
mais convicto da necessidade de se preservar o passado e suas lembranças e tudo
o que é importante para o prosseguimento de nossa existência. Afinal, apesar de
muitos acreditarem que quem vive de passado é museu, sem nosso passado não
somos ninguém.
Zapeando
pelo site organizado pelo Sérgio de Freitas, que infelizmente não existe mais
desde que seu autor partiu dessa para melhor, me deparei com verdadeiras
relíquias do nosso passado. Um tempo que não tive o privilégio de viver, mas
que sei ter sido um período de ouro para o cultivo de nossas reminiscências.
Viajando
pelo tempo naquelas fotos e informações, constatei o quão importante elas são
para a construção do alicerce de nossa existência. Pessoas, estabelecimentos,
fatos e pedacinhos da história de nossa terra e nossa gente estão ali
retratados pelo autor.
Ali pude
conhecer figuras folclóricas, das quais só tinha ouvido meus avós ou meus pais
falarem. Também relembrei e matei a saudade de pessoas que povoaram minha
infância e que hoje já não estão mais entre nós.
O
historiador é uma figura de fundamental importância para uma comunidade. Tenho
plena consciência do valor de pessoas desse naipe, como o próprio Sérgio de
Freitas, o Arlindo Bellini e os inesquecíveis João Torrecillas Filho e Jácomo
Mandato, que nos dão ou deram um rico legado de pequenos detalhes, que
amealhados como uma colcha de retalhos, formam toda a história de nossos
antepassados.
Vasculhar
o baú de lembranças é algo que machuca o coração, mas que refresca a alma. É um
exercício, ao mesmo tempo doloroso e salutar. Um homem sem passado ou sem
memória não tem motivos para seguir em frente.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Papai Noel, sou fã desse cara
Desde criança sempre curti muito o Natal, o clima natalino e, claro, o Papai Noel. Depois de um tempo descobri que esse cara era uma lenda, mas mesmo assim continuei sendo seu fã.
Se alguém me perguntar qual o mês do ano que mais gosto ou o período em que fico mais feliz, com certeza vou responder que é dezembro. Tudo que se refere ao Natal me atrai.
Quando adolescente e mesmo depois que virei marmanjo e amarrava nas revistinhas de Walt Disney com histórias (ou estórias, como queiram) de Natal. Se tinha dinheiro, corria na banca pra comprar. Se não tinha, emprestava a revistinha de alguém, mas não deixava de ler.
Ainda hoje, já na casa dos 50, curto esse clima de Natal. Tanto que a primeira canção de ninar que cantei pra minha filha, ainda na maternidade, foi a do sapatinho na janela.
Durante esse ano, vendo ela crescer e passar a entender as coisas, fiquei na expectativa de como seria sua reação a tudo que envolve o Natal. Confesso que tinha receio que ela fosse ficar com medo do Papai Noel, de suas roupas vermelhas e sua barba branca.
Mas, para minha surpresa e alegria, constatei que foi amor à primeira vista. Não é que ela se apaixonou por ele, exatamente como ocorreu comigo na minha distante infância?
Vê-la mostrar o Papai Noel a cada vitrine, indicar o caminho a fazer para chegar até ele é emocionante, principalmente partindo de uma criança que vai completar seu primeiro aninho nesta terça-feira, dia 15.
Por isso sou fã desse cara chamado Papai Noel, que não tira aquela roupa vermelha e nem apara a barba branca, mas que encanta crianças de todas as idades, seja rica ou seja pobre, como diz aquela canção de Natal.
Se alguém me perguntar qual o mês do ano que mais gosto ou o período em que fico mais feliz, com certeza vou responder que é dezembro. Tudo que se refere ao Natal me atrai.
Quando adolescente e mesmo depois que virei marmanjo e amarrava nas revistinhas de Walt Disney com histórias (ou estórias, como queiram) de Natal. Se tinha dinheiro, corria na banca pra comprar. Se não tinha, emprestava a revistinha de alguém, mas não deixava de ler.
Ainda hoje, já na casa dos 50, curto esse clima de Natal. Tanto que a primeira canção de ninar que cantei pra minha filha, ainda na maternidade, foi a do sapatinho na janela.
Durante esse ano, vendo ela crescer e passar a entender as coisas, fiquei na expectativa de como seria sua reação a tudo que envolve o Natal. Confesso que tinha receio que ela fosse ficar com medo do Papai Noel, de suas roupas vermelhas e sua barba branca.
Mas, para minha surpresa e alegria, constatei que foi amor à primeira vista. Não é que ela se apaixonou por ele, exatamente como ocorreu comigo na minha distante infância?
Vê-la mostrar o Papai Noel a cada vitrine, indicar o caminho a fazer para chegar até ele é emocionante, principalmente partindo de uma criança que vai completar seu primeiro aninho nesta terça-feira, dia 15.
Por isso sou fã desse cara chamado Papai Noel, que não tira aquela roupa vermelha e nem apara a barba branca, mas que encanta crianças de todas as idades, seja rica ou seja pobre, como diz aquela canção de Natal.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009
O rock’n roll está vivo
As noites de sexta-feira nunca mais serão as mesmas. Pelo menos
para curte o bom e velho rock’n roll, que ao contrário de grandes ícones como
Jim Morisson da banda The Doors, Jimi Hendrix e até o nosso Raul, que partiram
dessa pra melhor, está mais vivo do que nunca.
Quem passa pelo calçadão da José Bonifácio, lá embaixo, onde ele
tem ares de outra cidade, mais para paragens praianas que para uma provinciana
e pacata localidade conhecida como Itapira, nota a concentração de gente de
todas as idades, espalhada pelas mesas dispostas ao longo da entrada do Sarkis
Shopping. Ali se fala de tudo, principalmente de rock.
Apesar da discrepância do nome, o Jazz Café, pilotado pelo Zé
Turco, vocalista e líder da Fire Bless, virou point obrigatório para quem curte
esse segmento musical. É ali que, entre uma cerveja e outra, os integrantes das
bandas – e não são poucas – organizam eventos, trocam idéias e, pra variar,
promovem verdadeiros concertos.
Gosto musical não se discute. Uns gostam de pagode, outros de
sertanejo, tem quem curte a bossa nova, o hip hop, mas num ponto todos
concordam: não dá pra deixar o rock de lado. E olha que o Roque, não a música,
mas o astro dos lanches, está bem ali, no fundo do shopping.
E é nessa linha que a cidade hoje está se transformando em celeiro
de boas bandas, que têm seu público cativo e acompanhamento de agenda através
de um portal especializado e muito bem formatado, o Megaphone.
Puxando pela memória, consegui contar pelo menos sete bandas, cada
uma com estilo próprio. Estão na ativa a The Drunkers, a Fire
Bless, a Mr Speed, a The Sweethearts (formada por mulheres), A Falange, Planeta
Radioativo e Kiss Cover. Sem
contar a Alice D, que está ‘fechando as portas’ e outras formações que aparecem
e desaparecem num piscar de olhos.
Posso estar puxando a brasa para a minha sardinha, afinal também
gosto do bom e velho rock, mas a grande verdade é que onde tem rock do bom não
tem confusão, brigas ou selvagerias. É tudo levado no jargão patenteado em Woodstock,
o famoso ‘paz e amor’. Rock neles!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Papai Noel existe
Ainda estão frescas na minha memória as lembranças de minha
infância. Do tempo em que esperar pelo Papai Noel era algo especial.
Recordo, como se tivesse ocorrido há pouco, a alegria de acreditar
na sua chegada e depois constatar que ele havia passado pela minha casa. Que
suas renas tinham comido o capim que eu havia deixado, junto com a água, atrás
da porta, ao lado dos meus sapatos.
Como era bom ser criança. Não ter compromissos ou preocupações.
Acompanhar com ansiedade de criança os preparativos de minha mãe e
minha avó para o almoço de Natal. Foram
tempos realmente felizes.
Na noite de Natal era difícil dormir. Os olhos não queriam fechar
e os minutos não passavam. Pela
manhã, a alegria de encontrar o presente ali, bem atrás da porta, era algo
indescritível.
Depois, uma pequena caminhada até a casa de meus avós paternos,
nos altos do Bairral, para o almoço com a família. Vejo, em minhas lembranças,
a mesa grande no rancho da casa, as brincadeiras e a alegria de todos.
Hoje, já na casa dos 50, ainda me recordo de tudo isso e fico
pensando em como foi bom, como acreditar no Papai Noel foi uma das melhores
fases da minha vida.
Agora, que tenho em casa um ‘pacotinho’ de 11 meses, que ainda não
sabe o que significa esperar pelo Papai Noel, entendo que minha missão é dar à
minha filha a alegria de crer em sua existência, de poder esperar pela sua
chegada e viver os melhores momentos de sua vida de criança.
Quero dar para ela tudo que meus pais me deram. A alegria pela
espera, o presente escondido atrás da porta, a emoção de sentir que ele passou
por ali e a importância que tudo isso terá para o resto de sua vida.
Quem Papai Noel existe eu não tenho a menor dúvida. Afinal, ele
está no coração de todos nós, que um dia fomos crianças e acreditamos que ele
descia nas casas, com o saco carregado de presentes para as crianças que foram
obedientes durante o ano.
Mas, além de tudo isso, quero dar também a educação que recebi de
meus pais. A forma de se dirigir aos mais velhos com o respeito que merecem.
E meus pais, que me proporcionaram todos esses momentos
maravilhosos, irão me auxiliar nessa tarefa. Lá do alto, do bangalô onde hoje
vivem, estarão me orientando para que eu seja para minha filha tudo o que eles
foram para mim.

terça-feira, 3 de novembro de 2009
Um tempo que deixou saudade
Houve
um tempo em que futebol se ouvia no radinho de pilha. Vozes como Haroldo Fernandes, Alfredo Orlando e Fiori Gigliotti, e algum depois, José Silvério e Osmar Santos, ditavam o ritmo e a emoção de cada partida.
Eu
vivi esse tempo, que me traz muita saudade e dor no coração quando constato que
ele não volta mais. Um tempo que apenas povoa nossas lembranças e aperta o
peito.
Um
tempo em que música boa se ouvia na rádio Mundial, do Rio de Janeiro, à noite, e Excelsior, de São Paulo, durante o
dia. Isso porque a propagação das ondas médias nos traz emissoras de longe
quando o sol se vai e esconde as mais próximas.
Esse
tempo é o mesmo em que ir ao velho Chico Vieira nas tardes de domingo era o
programa indispensável para quem queria um bom divertimento. Sentar no alto do
barranco que havia na ponta-esquerda de quem ataca para o gol dos fundos, bem
ali onde ficava o Bar da Wilma, era o lazer das tardes de domingo. Não
importava quem iria jogar, se era amador ou profissional, o bom era estar ali,
viver aqueles momentos.
Ver
jogos do Vila Ilze, Bom Jesus, Paulista, Usina, Vila Izaura, Bela Vista ou
mesmo o profissional com o Itapira AC, era bem melhor dali, daquele local,
cercado por amigos verdadeiros.
Um
tempo que a noite do domingo era reservada para a discoteca do Centrão. Tenho
guardada na mente a imagem do Ronalde Soares, do Bolão e do Di Canguru na ponta
do balcão do bar, as músicas verdadeiras de discoteca e o ambiente sadio e
saudável.
Sou
desse tempo. Um tempo em que ter um som no carro era equipar o mesmo com um
tape TKR ou Road Star, que eram o que havia de melhor. Muito diferente de hoje,
tempos em que quem equipa o carro coloca o som do lado de fora e sai pelas ruas
com o volume aos berros, evidenciando o mau gosto musical do proprietário do
veículo.
Às
vezes, quando o sono vai embora e os olhos secam, me pego divagando por esse
tempo, que marcou a vida de quem teve o privilégio de vivê-lo, e que me traz
nostalgia, saudade e prazer, principalmente prazer de ter vivenciado tudo isso.

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