terça-feira, 5 de março de 2019

A arte de fotografar, o dever de preservar


O ângulo nem sempre era favorável, mas eles sempre deram um jeito de buscar a melhor imagem para retratar um simples momento, uma pessoa ou um gesto. Muitas vezes nem imaginavam que aquele simples apertar de botão na máquina fotográfica fosse eternizar aquele instante.
Ser fotógrafo, como muitas outras profissões, faz do profissional um verdadeiro artista. Mesmo sem o uso de pincéis, tintas e cavaletes, sua obra é sempre digna de ser vista inúmeras vezes e, a cada olhar, um novo detalhe é destacado.
Conheci vários desses profissionais ao longo dessa caminhada por aqui. Com alguns cheguei a trabalhar e acompanhar o quanto é importante o resultado final de sua capacidade em perceber o melhor momento para disparar sua câmera.
Artistas como Paulino Santiago, Orlando Cestaro, Armando Mantuan, Nagayuki Suzuki e, mais tarde, Benedito Castro, André Santiago, Léo Santos e Zalberto Silva, entre outros, contribuem para enriquecer o acervo histórico da cidade e seus personagens.
A eles juntam-se os aficionados pela fotografia e que também colaboram para eternizar momentos e pessoas. Entre eles estão o inesquecível Nouman Sabbag, que deixou um legado rico em se tratando da história que o acolheu e adotou como filho, e o Luiz Antonio da Fonseca, o Toy, que por onde anda carrega sua inseparável câmera.
Para quem não viveu os tempos de outrora, as fotos oferecem uma oportunidade única de conhecerem lugares que já não têm a mesma magia, como a Avenida dos Biris, por exemplo, ou entender um pouco mais da história da cidade, construída lá atrás por pessoas de bem e que já subiram para o andar superior.
Pena que muitas fotos se perderam ao longo do tempo. Algumas pela ação do próprio tempo, outras pela incapacidade de pessoas em preservar ou dar valor a uma simples foto, que tempos depois viraria uma relíquia e até mesmo um documento histórico.
Fotografar, registrar, preservar a história de um povo. Se todos nós tivéssemos consciência da importância disso tudo, talvez nosso futuro fosse mais promissor, pois é no passado que buscamos as orientações para que no presente possamos firmar as bases que o futuro requer.


Nenhum comentário:

A quarta série ginasial

Faz tempo que isso não ocorre, mas um tempo atrás eu vivia sonhando que estava nas dependências da escola onde cursei o ginasial e também ...