Muitas pessoas passam por esse mundo despercebidas,
outras constroem sua história e, quando partem, deixam um legado de boas ações
e ensinamentos. Murillo Arruda se enquadra no segundo exemplo, com toda
certeza.
Com seu jeito manso e educado, porém recheado de saber e
educação, foi um exemplo a ser seguido nos diversos setores em que atuou. E foi
dessa forma que deu sua contribuição nos inúmeros segmentos que se fez
presente.
Trabalhei com ele quando, ainda adolescente, passei no
concurso e ingressei no quadro de funcionários da Usina Nossa Senhora
Aparecida. Ali, no escritório da empresa, aprendi a admirar aquele homem que,
embora estivesse sempre presente, muitas vezes passava imperceptível, por se
debruçar nos livros e se ocupar de seus afazeres.
Filho do casal Maria Rosa e Raul Arruda, nasceu em 19 de
fevereiro de 1925 e passou pelos bancos escolares do Grupo Escolar Dr. Júlio
Mesquita, onde concluiu o ensino primário. Depois formou-se no colegial no
Ginásio do Estado, que mais tarde passaria a ter o nome de IEESO (Instituto de
Educação Estadual Elvira Santos Oliveira).
Antes de ingressar na faculdade, frequentou também a
Escola Técnico de Comércio e formou-se em Direito pela PUCC (Pontifícia
Universidade Católica de Campinas) em 1957. Com o diploma na mão fez o exame da
OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e ingressou na mesma em 22 de março de
1960.
Na área profissional, Murillo Arruda foi diretor da
Secretaria e assessor jurídico da Câmara Municipal durante quase 30 anos, de 48
a 76. Também exerceu sua profissão com muita retidão em empresas como Irmãos
Caio, Concessionária Ford de Mogi Mirim e Usina Nossa Senhora Aparecida, além
de lecionar na Escola Técnica de Comércio de 48 até 61.
Apesar de tantos afazeres, ainda encontrou tempo para ser
diretor da Fundação Espírita Américo Bairral por longo período, a partir de
1962 até passar para o cargo de vice-presidente do Conselho Curador da
Fundação. Também foi presidente da Casa de Repouso Alan Kardec por 14 anos, de
1989 até 2003 e presidiu da Sociedade Esportiva Itapirense na vitoriosa
campanha que culminou com o título da 3ª divisão do Campeonato Paulista, em
1969.
Na área política também deixou sua marca, sendo
presidente do diretório do PSP (Partido Social Progressista), que foi fundado
em São Paulo pelo antigo governador Ademar de Barros. Elegeu-se vereador em
1976, exercendo o cargo de 77 a 82.
Ao lado da esposa Irene Aparecida de Souza Arruda
construiu a família e gerou os filhos Vera, Maria de Fátima, Marta Cecília, Maria
da Penha e Antonio Carlos, o Tony. Vera, casada com Carlos Henrique Artisiani,
também lhe deu os netos Mariah e Raul.
Murillo Arruda passou por esse mundo e deixou sua marca.
Construiu sua história alicerçada na retidão, no trabalho e na honestidade. E continua
sendo um exemplo a ser seguido por quem o conheceu e teve o prazer de trabalhar
ao seu lado.
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