Quando nasceu na vizinha cidade
mineira de Jacutinga, em 8 de dezembro de 1951, o menino Aparecido Roberto
Vieira nem imaginava que cresceria, formaria família e fincaria suas raízes em
outra localidade, que embora próxima de sua cidade natal, pertencesse ao estado
de São Paulo. Quando nasceu, o menino Aparecido Roberto nem imaginava que, ao
se mudar para Itapira, passaria a ser conhecido como Mineiro por causa de suas
raízes.
Naquele dia de dezembro,
consagrado a Nossa Senhora da Imaculada Conceição, começaria a vida desse
menino que sempre teve uma grande paixão na vida: a bola de futebol. Desde
pequeno já dava seus chutes e sonhava em, um dia, ser jogador de futebol.
Torcedor do São Paulo, aquele
menino sabia, de cor e salteado, a escalação das grandes formações do seu
querido Tricolor. E, porque não, dos outros times também.
Sua carreira no futebol começou
como a de muitos garotos daquela época. Foi no Clube Atlético Itapirense,
comandado pelo Benedito Valério, o Jaú, que iniciou seus passos no esporte.
De lá para o time profissional do
XI de Agosto foi um pulo, assim como para as fileiras do Itapira Atlético
Clube, do Clube Atlético Guaçuano, do Barretos e dos mogimirianos Peixe e Clube
Atlético Mogiano, além de integrar o elenco campeão paulista da Terceira
Divisão pela Sociedade Esportiva Itapirense em 1969, aos 17 anos.
No futebol amador da cidade
Mineiro desfilou sua categoria, seus lançamentos e chutes certeiros e potentes
defendendo Calunga, Olaria, Duque de Caxias, Cubatão, Santa Fé e Flamenguinho,
entre outros. Mas foi no Itapira Atlético Clube que deixou sua marca para a
história com um gol antológico, que classificaria o time grená para a fase
seguinte do Campeonato Paulista.
Corria o ano de 1979, Mineiro era
o ponta-esquerda do time e, antes do jogo, prometera ao pequeno filho Fabrício,
seu primogênito, que faria um gol para ele. Jogo duro contra o Jabaquara no
Chico Vieira e Mineiro foi à linha de fundo para o cruzamento, mas acabou
decidindo pelo chute, mesmo sem ângulo. A bola, caprichosamente, bateu na linha
da pequena área, ganhou efeito e enganou o goleiro adversário. Estava paga a
promessa ao filho e garantida a classificação itapirense.
Esse tempo já vai longe. Hoje,
Mineiro já não dá seus chutes na velha paixão por esse mundo. No dia 20 maio de
2017 foi escalado para jogar no time lá de cima e deve estar fazendo seus gols
e lançamentos no andar superior.
Levou com ele sua simplicidade, o
amor pelo futebol e seu imenso conhecimento sobre esse esporte que move grande
parte dos brasileiros. Quem conversava com ele sabia que estava diante de um
apaixonado por futebol.
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