sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Um apaixonado pelo futebol


Quando nasceu na vizinha cidade mineira de Jacutinga, em 8 de dezembro de 1951, o menino Aparecido Roberto Vieira nem imaginava que cresceria, formaria família e fincaria suas raízes em outra localidade, que embora próxima de sua cidade natal, pertencesse ao estado de São Paulo. Quando nasceu, o menino Aparecido Roberto nem imaginava que, ao se mudar para Itapira, passaria a ser conhecido como Mineiro por causa de suas raízes.
Naquele dia de dezembro, consagrado a Nossa Senhora da Imaculada Conceição, começaria a vida desse menino que sempre teve uma grande paixão na vida: a bola de futebol. Desde pequeno já dava seus chutes e sonhava em, um dia, ser jogador de futebol.
Torcedor do São Paulo, aquele menino sabia, de cor e salteado, a escalação das grandes formações do seu querido Tricolor. E, porque não, dos outros times também.
Sua carreira no futebol começou como a de muitos garotos daquela época. Foi no Clube Atlético Itapirense, comandado pelo Benedito Valério, o Jaú, que iniciou seus passos no esporte.
De lá para o time profissional do XI de Agosto foi um pulo, assim como para as fileiras do Itapira Atlético Clube, do Clube Atlético Guaçuano, do Barretos e dos mogimirianos Peixe e Clube Atlético Mogiano, além de integrar o elenco campeão paulista da Terceira Divisão pela Sociedade Esportiva Itapirense em 1969, aos 17 anos.
No futebol amador da cidade Mineiro desfilou sua categoria, seus lançamentos e chutes certeiros e potentes defendendo Calunga, Olaria, Duque de Caxias, Cubatão, Santa Fé e Flamenguinho, entre outros. Mas foi no Itapira Atlético Clube que deixou sua marca para a história com um gol antológico, que classificaria o time grená para a fase seguinte do Campeonato Paulista.
Corria o ano de 1979, Mineiro era o ponta-esquerda do time e, antes do jogo, prometera ao pequeno filho Fabrício, seu primogênito, que faria um gol para ele. Jogo duro contra o Jabaquara no Chico Vieira e Mineiro foi à linha de fundo para o cruzamento, mas acabou decidindo pelo chute, mesmo sem ângulo. A bola, caprichosamente, bateu na linha da pequena área, ganhou efeito e enganou o goleiro adversário. Estava paga a promessa ao filho e garantida a classificação itapirense.
Esse tempo já vai longe. Hoje, Mineiro já não dá seus chutes na velha paixão por esse mundo. No dia 20 maio de 2017 foi escalado para jogar no time lá de cima e deve estar fazendo seus gols e lançamentos no andar superior.
Levou com ele sua simplicidade, o amor pelo futebol e seu imenso conhecimento sobre esse esporte que move grande parte dos brasileiros. Quem conversava com ele sabia que estava diante de um apaixonado por futebol.

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