Eu sou assim e sempre vou ser. Somos quem podemos ser e
ninguém é mais do que ninguém.
Sempre penso nisso. Será que eu seria diferente se
tivesse escolhido outro caminho, se tivesse optado por continuar como um
bancário, ou fiz o certo ao escolher dar asas à minha imaginação e seguir a
vida que escolhi entre letras e microfones?
Tenho ciência que hoje eu seria um senhor aposentado, com
um bom salário sendo depositado na minha conta, podendo aproveitar a vida, mas
será que eu seria feliz? Será que estaria satisfeito?
Com certeza, não! Somos quem podemos ser, como diz a
letra de uma música da banda Engenheiros do Hawaii, que tem exatamente esse
nome. E é assim mesmo, ninguém escolhe o caminho, o caminho nos escolhe.
Tenho ciência que hoje minha vida seria muito mais
tranquila. Mas será que seria eu uma pessoa feliz?
Certo dia, passando em frente a casa de uma ex-namorada,
de família que conseguiu ficar bem de vida graças ao trabalho, comentei com
minha irmã Claudia que eu poderia ter ficado bem de vida se tivesse casado com
ela, mas que não teria o meu maior tesouro, minha pequena Mariane, que estava
no banco de trás do carro. Por isso acredito que o destino de cada um é
construído de acordo com o que ele próprio escolhe para nosso rumo.
Ser feliz não significa ter uma vida tranquila se não formos
felizes enquanto vivemos. Ser feliz é ser quem podemos ser, da forma que o
destino escreveu.
A felicidade está na forma que vivemos, ou que o destino
nos deu. Ser feliz é ser assim, do jeito que somos, cada um a sua maneira, cada
um com aquilo que o destino lhe reservou.
‘Um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão, um
dia me disseram que os ventos às vezes erram a direção’. Sábias palavras, que
sem querer casam com tudo aquilo que o destino nos reserva.
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