sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Pessoas que são imortalizadas por seus atos


Algumas pessoas, quando sobem para o andar de cima, não morrem, são imortalizadas pelos atos de generosidade e ações que visam sempre o bem do próximo. Acredito que Deus as chama para que continuem lá em cima a obra que aqui deixaram de forma inacabada.
Flávio Zacchi é um desses, com certeza. Sua partida precoce, aos 53 anos, deixou uma lacuna, não só no seio familiar, mas na orda de benemerência que sempre integrou.
Conheci Flávio Zacchi por diversos motivos. Pela proximidade das famílias, principalmente. A família Zacchi sempre foi próxima da família de meus avós paternos, pela pouca distância entre as casas e, principalmente, pela devoção a Santo Antônio.
Nascido no final de maio de 1939, Flávio Zacchi foi um dos fundadores da Guarda Mirim, abrindo assim a oportunidade para que muitos jovens e adolescentes pudessem trilhar o mesmo caminho que ele. Afinal, foi dessa forma que iniciou sua carreira profissional no escritório de contabilidade do qual depois se tornou um dos proprietários.
Lembro como se fosse hoje da educação com que tratava a todos, fosse qual fosse o nível social ou econômico. Talvez isso fizesse parte daquilo que chamamos de berço e algo que carregou consigo desde os tempos em que trabalhava com o pai Carlim Zacchi no restaurante defronte a igreja do santo casamenteiro.
Figura comum nas missas da Matriz de Santo Antônio, estava sempre pronto a auxiliar na celebração. E, por ter uma boa dicção, comumente era chamado a ler durante a mesma.
Essa afinidade com as coisas de Deus e a facilidade para se fazer entender o levaram a comandar, anos a fio, a Oração da Ave Maria, um momento de pura reflexão nos microfones da Rádio Clube, caminho para adentrar nas casas dos ouvintes com uma mensagem de fé. Talvez essa fosse mais uma fatia de sua missão enquanto trilhou pelos caminhos do mundo.
Em 69 foi o apresentador itapirense no então famoso Cidade contra Cidade, comandado por Sílvio Santos na extinta TV Tupi. Lá, com maestria, representou sua cidade e sua gente.
Formou sua família ao lado da esposa Antonia Ruth de Souza e com ela teve as três filhas: Flávia, Fernanda e Fabiana.
Assim como meu tio padre José Rubens Butti, que partiu desse mundo ainda jovem, aos 29 anos, Flávio Zacchi também foi chamado para integrar o grupo que preserva os bons costumes e a fé de seu povo, mesmo estando em um plano superior.
E como sempre dizia no final da Ave Maria, Flávio deve estar nesse momento nos enviando através das ondas do rádio de Deus a mensagem que deixava aos ouvintes: ‘que o Senhor nos abençoe e nos dê a luz para o dia de amanhã’. Amém!

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