sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Uma festa popular chamada Carnaval


Como tudo está mudado. Nem parece que o ano está começando e o Carnaval se aproximando.
Como tudo agora é bem diferente de um tempo, há pelo menos 25 ou 30 anos, quando essa era a época em que a cidade começava a ferver na espera pelo Carnaval. O corre-corre em busca de fantasias para os bailes de salão ou para os desfiles das escolas de samba era intenso, assim como os clubes iniciavam nessa época, passado o Réveillon, os preparativos para as quatro noites de folia.
Lembro bem dos anos dourados do carnaval itapirense. Os dois clubes instalados na praça principal – Clube XV e Centro Comércio e Indústria – dominavam, mas a Sociedade Operária também tinha frequência garantida.
Era comum a formação de blocos carnavalescos para os bailes nos clubes e os bares nos arredores ficavam abarrotados.
Na última noite, já com o sol nascendo na quarta-feira de Cinzas, as orquestras do Centrão e do Clube XV se encontravam na praça. Era a última oportunidade para os foliões se despedirem do Carnaval.
Anos mais tarde o Tênis Clube começou a realizar bailes carnavalescos, atraindo para si os freqüentadores do Clube XV. Posteriormente foi a vez do Clube de Campo Santa Fé dominar, esvaziando o Tênis e também o Centrão.
Hoje tudo isso acabou. Não há mais carnaval de salão no Clube XV ou no Centrão e muito menos no Tênis Clube ou no Santa Fé.
Esse tipo de festa perdeu o apelo, principalmente devido ao gosto musical da atualidade, que não permite mais que as tradicionais marchinhas de Carnaval sejam executadas pelas orquestras nos bailes carnavalescos. Se não for funk, axé ou coisa parecida, ninguém dança.
Só quem viveu tudo isso sabe o quanto foi bom. Só quem deixou um baile de Carnaval para ver o sol nascer no parque, ou para tomar uma sopa de cebola no Chopão sabe o quanto tudo isso significou para várias gerações.
Gerações que podem ser consideradas privilegiadas, pois viveram as melhores décadas, ouviram as melhores músicas, dançaram ao som de grandes orquestras e ouviram programas radiofônicos da melhor qualidade. Só restou a saudade de tudo que já passou.
Tudo isso ficou no passado, embora bem guardado no baú de memórias de quem vivenciou esses bons momentos. Momentos que jamais serão esquecidos.

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