sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Três gerações, três emoções

No futebol, principalmente, costumamos dizer que certas formações nunca são esquecidas. São aqueles times que marcam época e seja qual for o tempo são sempre lembradas.
Exemplos disso são a seleção de 70 com Félix; Carlos Alberto, Brito, Piazza e Everaldo; Clodoaldo, Gerson e Rivelino; Jairzinho, Tostão e Pelé. Ou o Palmeiras do início da década de 70 com Leão; Eurico, Luis Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Edu, Leivinha, César e Nei.
E o que dizer da linha famosa do Santos com Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe; ou a seleção de 58, aquela da final contra a Suécia, com Gilmar; Djalma Santos, Bellini, Orlando e Nilton Santos; Zito e Didi; Garrincha, Vavá, Pelé e Zagallo. Grandes times, grandes formações, muitas lembranças.
Eu posso afirmar que vivi muitas emoções com formações que nunca mais saíram da memória. Times que ficaram para sempre na lembrança por tudo que representaram.
São três épocas diferentes, três gerações, muitas emoções. E as formações nunca mais serão esquecidas, pelo menos por mim, que vivi tudo isso.
Em 70, quando eu tinha 13 anos, a seleção do ginásio fez história ao chegar às finais do Estado. O técnico era o Clóvis Avancini, o Ná, e o time principal tinha Coradi; Rudyard, Dito Mário, Tato e Sávio; Luís Paulo, Ike e Tonini; Tonelada, Plininho e Emilinho.
Passados 15 anos e um novo time fez história novamente, deixando na memória dos torcedores a escalação que todos sabiam de cor e salteado. Em 85 o Itapira Atlético Clube cravou uma das melhores campanhas do Campeonato Paulista da Terceira Divisão comandado pelo técnico Pedro Paulo da Silva, o Nã.
Mesclando atletas da cidade com alguns importados de cidades vizinhas, tinha um time de respeito, formado por Camilo; Chicão, Toninho Bellini, Gersinho e Ditinho; Cláudio José, Pedro Paulo e Fernando; Ronaldo, Lilico e Chiquinho. Outros nomes também fizeram parte da campanha e também deixaram seus nomes gravados na história como Fernandinho, Dinhão, Tatão, Flávio Boretti, Fran e Alemão.
No ano seguinte, um novo time fez sua parte e cravou sua formação na memória do torcedor. Era o time júnior do Itapira Atlético Clube, que ficou entre os melhores do estado.
O técnico era o José Antonio Sartorato, o Bi, escudado pelo auxiliar Devaldo Cescon, o Pasté. A formação principal é guardada até hoje na memória de quem acompanhou sua participação no campeonato e tinha Flávio; Arouca, Márcio, João Olo e Zé Antonio; Pedrinho Zázera, Diógenes e Claudinho; Tiãozinho, Márcio Belli e Chocolate.
São times distintos, épocas distintas, mas cada um a seu tempo deixou sua formação intacta na memória do torcedor. Eu vivi o time de 70 porque jogava no time de baixo; o de 85 cobri todos os jogos como repórter, o mesmo acontecendo com o Júnior de 86.
Memórias assim valem a pena guardar. Um dia todos irão se lembrar e a recordação daqueles tempos será inevitável, assim como momentos únicos vividos por todos que participaram.

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