sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

São tantas emoções


Parafraseando o rei Roberto Carlos, já vivi muitas emoções na profissão que escolhi. O Jornalismo meu deu a chance de viver muitos momentos, conhecer pessoas e lugares.
A base do meu trabalho veio da rádio e de jornais locais. Foi aqui no âmbito local que dei meus primeiros passos nessa área que deslumbra e abre horizontes.
Mais tarde pude galgar outros patamares, ocupar posições estratégicas em determinados órgãos de comunicação e, dessa forma, vivenciar experiências ímpares. Tudo isso me fez crescer profissionalmente e também como pessoa.
No jornalismo esportivo conheci muitos ídolos e também profissionais que nem por sonho esperava conhecer. Poder conversar com pessoas como o ex-jogador Tostão; o jornalista Orlando Duarte, que fez carreira na TV Cultura; Chico Pinheiro e Mauro Naves, da TV Globo; os narradores Fiori Gigliotti, da Bandeirantes, e José Carlos Araújo, da Rádio Globo do Rio, entre tantos, foi algo que marcou minha carreira.
O futebol me levou a lugares que nem sonhava em conhecer como Belo Horizonte-MG ou Cali, na Colômbia. Me fez frequentar templos sagrados como a Vila Belmiro, conhecida como a Vila Famosa, por ter abrigado grandes astros, entre eles o maior de todos – Pelé.
Mas, nada se compara com a emoção de falar ao vivo para o Brasil inteiro através de uma rede chamada CBN (Central Brasileira de Notícias), afiliada ao Sistema Globo de Rádio, experiência que me deu uma enorme bagagem profissional. Foi o ponto de crescimento que faltava, pois o aprendizado em uma rede assim é inigualável.
Lembro bem de passagens como as eleições de 2002, quando a cada meia hora três afiliadas da CBN no Brasil inteiro entravam com repórteres ao vivo dando um panorama da votação. Eu era o encarregado dessa tarefa pela CBN Mogi Mirim e foi uma emoção muito grande poder participar desse projeto.
Na Copa de 2002 um fato incrível aconteceu quando eu estava apresentando o Jornal da CBN Mogi. Como a Copa era na Ásia, o jogo das quartas-de-final entre Itália e Coréia do Sul estava rolando solto durante o jornal que ia ao ar das 9h30 ao meio-dia.
O som da rede estava no monitor, pois se saísse gol ficaríamos sabendo e informaríamos os ouvintes. De repente, no som do monitor surgiu a tarantela, música que nos remete à Velha Bota.
Imediatamente, no ar, indaguei: será que foi gol da Itália? O Brother, apelido do Daniel Silva, que era técnico de som, colocou a rede no ar e, como se tivesse me ouvido, o Milton Young, que comandava o Jornal da CBN São Paulo respondeu: não, foi gol da Coréia.
Claro que ele não havia respondido para mim, afinal nem me conhecia, mas a coincidência foi tão grande que ficou parecendo que a resposta tinha sido para minha pergunta. Momentos assim jamais serão esquecidos.
Foram anos e anos de emoções, viagens e convivência em um mundo que só se vê pela TV ou se ouve pelo rádio. Deus me deu essa oportunidade e guardo para sempre tudo que aprendi, vivi e conheci.


Nenhum comentário:

A quarta série ginasial

Faz tempo que isso não ocorre, mas um tempo atrás eu vivia sonhando que estava nas dependências da escola onde cursei o ginasial e também ...